quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Paulo e o seu ministério

Ao meu amigo Jabson
Querido amigo, desculpe a demora em responder a suas indagações a respeito do ministério do “nosso amado irmão Paulo”. Temos aqui apenas uma breve e simples introdução. Espero que sirva como um ponto de partida e um flash, que venha ancorar sua fé na mensagem dada por Deus ao mensageiro gentílico. Revelação esta eclipsada e esquecida por alguns séculos, mas sendo agora restaurada por amor dos eleitos. Deus continue te abençoando e boa leitura.
O Espírito de verdade.
“Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.”(Jo.16.12-14).
Essas palavras foram sempre interpretadas como instruções de Jesus com respeito ao Espírito Santo que seria derramado no dia de pentecoste, todavia, é de conhecimento de qualquer estudante mais atento das escrituras que Deus sempre se revelou ao homem, no homem e através do homem. Isto está explicito no chamado de Noé (Gn.6. 8, 13-14), de Abraão (Gn.12.1-3) e outros.
Deus em sua revelação nunca trabalhou no vácuo, sempre usou alguém para entregar a mensagem que desejava transmitir. Se não há alguém com uma mensagem dada por Deus, logo haverá muitas “mensagens”.
Deus sempre tratou com a humanidade enviando uma mensagem e por conseguinte um mensageiro, pois sempre que os homens interpretaram as palavras de Deus a seu modo, houve divergências e as mais loucas heresias. Temos um personagem que lança muito luz sobre esse assunto: João Batista.
“Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.
E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” (Lc.1.13-17).
Deus estava visitando o seu povo, era iminente a irrupção do ministério de Jesus Cristo. Os Israelitas estavam em sua terra, havia uma religião instituída e suas mais diversas ramificações: Fariseus, saduceus, zelotes, essênios... Todos se diziam guardiões da verdade última de Deus. Em meio a essa verdadeira Babilônia, Deus envia um homem com uma mensagem.
Um louco do deserto, um eremita palrador cujas palavras possuíam a unção de Elias, não para convencer com sinais miraculosos e prodígios visíveis, mas para converter o coração mais pedregoso, e chamar á conversão o mais indiferente e religioso pecador.
Olhando para a Escritura hoje, com um olhar de quem perscruta a história, não é difícil reconhecer João Batista e seu ministério. Com nossa moderna e tradicional visão, no mínimo aceitamos o Batista como o precursor do Messias. Entretanto, não foi assim em sua época.
A mera figura do profeta era em si mesma asquerosa, ele quebrava todos os paradigmas da religião vigente. Acentuando mais ainda essas diferenças, o fato de estar inserido em uma sociedade teocrática. João Batista era a antítese da religião instituída.
Enquanto o sacerdote se vestia pomposamente de linho fino (Ex.28.4), João trajava peles de camelo (Mc.1.6); segundo a lei um animal impuro (Lv.11.4), que não deveria servir de alimento, nem mesmo se poderia tocar em seu cadáver. A alimentação também era um diferencial entre o profeta e a religião do seu tempo. O sacerdote se alimentava de flor de farinha (Lv.2.1-3), o Batista consumia gafanhotos e mel silvestre (Mc.1.6).
A mensagem contida na indumentária e culinária nem um pouco ortodoxas do atalaia de Deus, indicava um basta em todo formalismo podre e meramente ritualista da religião. Tudo o que Deus mesmo havia instituído para sua glória, o homem estava usando de forma egolátrica, para sua própria locupletação e bel prazer.
Haviam transformado o rito - antes uma expressão de adoração, temor e tremor - em uma fórmula fria, casuísta e aos olhos de Deus uma verdadeira abominação. João se vestia de peles de animal “imundo”, para dizer com isso que as justiças produzidas por meras ritualizações sem o espírito do temor, eram nada mais que um acinte a Deus, uma abominação maior de que vestir-se de peles de camelo.
Do mesmo modo, a alimentação do profeta falava que mais repugnante que se alimentar de gafanhotos era o deliciar-se com o seu próprio pão, usando o nome do Senhor como um mero pretexto : “E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.” (Is.4.1).
Quando a palavra era exposta, para de fato alimentar o povo que se chamava pelo nome do Senhor, a reação era sempre negativa, não desejavam alimentar-se do pão do céu, e sim dos seus quereres.
“[...]a alma deles se enfastiou de mim.” (Zc.11.8b).
O papel do mensageiro.
Temos nas Escrituras um tipo perfeito de mensageiro de Deus na figura do escravo Eliezer, enviado por Abraão para trazer a noiva amada para Isaque. No sistema denominacional, Eliezer é uma prefiguração do Espírito Santo.
Se observarmos com olhos mais bíblicos que tradicionalistas, perceberemos que isso é uma falácia, já que a pregação de modo nenhum é feita pelo Espírito de Deus, seu papel é comissionar e equipar. Também não é obra para anjos. Eles laboram em favor dos que hão de ser salvos (Hb.1.14), porém não possuem a prerrogativa da pregação, ela foi dada ao homem (Rm.10. 14-17).
Note a descrição perfeita de um pregador que recebe de Deus a responsabilidade de entregar uma mensagem para a noiva do Senhor, preparando-a para o encontro com o esposo.
O mensageiro Eliezer (não o Espírito Santo, mas um homem com uma mensagem do Espírito Santo), o escravo mais experimentado de Abraão (Deus), é convocado para levar uma palavra que trará a salvo Rebeca, a noiva (a Igreja eleita do Senhor), para o encontro com Isaque (Jesus Cristo, Deus que se fez homem). (Gn. 24.2-4).
A noiva Rebeca (a Igreja eleita, não estamos falando de denominação, nem de instituição “a” ou “b”; falamos de pessoas, o corpo de Cristo) tem como principal característica a obediência à palavra e discerne instintivamente a mensagem transmitida pelo escravo do Senhor.
E o servo tomou dez camelos, dos camelos do seu senhor, e partiu, pois que todos os bens de seu senhor estavam em sua mão, e levantou-se e partiu para Mesopotâmia, para a cidade de Naor.
E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto a um poço de água, pela tarde, ao tempo que as moças saíam a tirar água. E disse: O SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje bom encontro, e faze beneficência ao meu senhor Abraão! Eis que eu estou em pé junto à fonte de água e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água. Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o seu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça nisso que usaste de benevolência com meu senhor. E sucedeu que, antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca, que havia nascido a Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, saía com o seu cântaro sobre o seu ombro. E a donzela era mui formosa à vista, virgem, a quem homem não havia conhecido; e desceu à fonte, e encheu o seu cântaro e subiu. Então o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Peço-te, deixa-me beber um pouco de água do teu cântaro. E ela disse: Bebe, meu senhor. E apressou-se e abaixou o seu cântaro sobre a sua mão e deu-lhe de beber. E, acabando ela de lhe dar de beber, disse: Tirarei também água para os teus camelos, até que acabem de beber. E apressou-se, e despejou o seu cântaro no bebedouro, e correu outra vez ao poço para tirar água, e tirou para todos os seus camelos. E o homem estava admirado de vê-la, calando-se, para saber se o SENHOR havia prosperado a sua jornada ou não. E aconteceu que, acabando os camelos de beber, tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro; E disse: De quem és filha? Faze-mo saber, peço-te. Há também em casa de teu pai lugar para nós pousarmos? E ela lhe disse: Eu sou a filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor. Disse-lhe mais: Também temos palha e muito pasto, e lugar para passar a noite. Então inclinou-se aquele homem e adorou ao SENHOR.
(Gn.24.10-26).
Como já mencionamos, Deus sempre fez uso de um atalaia para entregar sua mensagem. Foi assim quando chamou Noé, quando tirou Abraão de Ur dos Caldeus, o mesmo se deu no envio de José lá no Egito, como também Moisés resgatando o povo da escravidão, Elias combatendo a idolatria a baal, Eliseu idem, depois podemos observar João Batista, no tempo que Roma dominava o povo de Deus, e possuía influência direta em sua religião.
Mais tarde vem Cristo, é crucificado, morto, e ressurge ao terceiro dia. Chega o pentecostes, os discípulos recebem o Espírito prometido. Havia a necessidade do Evangelho chegar às mais longínquas nações, e às mais diversas culturas, tudo isso teria que ser feito sem os entraves da lei ou seus resquícios. Para que isso fosse levado a efeito, Deus teria que comissionar, como sempre fez, um mensageiro.
Paulo o primeiro mensageiro aos Gentios.
O Senhor foi buscar no próprio Judaísmo o austero e zeloso Saulo, cujo nome significa: Pedido; denotando assim que os seus pais oraram a Deus em busca de um filho homem, o que era de muita importância na religião judaica, para assim perpetuar as suas tradições.
Ao ser convertido à fé em Cristo, no caminho de Damasco (At. 22.6, 15 e 21), adota um nome gentílico, mais precisamente romano: Paulo - que quer dizer: pequeno; numa clara demonstração de desprendimento, que é o verdadeiro espírito do Cristianismo.
A mensagem que Paulo trouxe, não era fruto de uma convivência física com os apóstolos, e muito menos com o Senhor, que aliás, ele nem conheceu pessoalmente. Foi sim, o resultado de um chamado de Deus e de seguidas revelações, que punham o seu ministério em um patamar muito superior aos dos outros apóstolos.
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.” (Gl 1.11,12).
Paulo foi chamado para levar as boas novas (evangelho) aos Gentios. A seu respeito estava profetizado (Is. 49.6) : “... Também te dei para luz dos Gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra.” E ele próprio discerniu essa profecia. (At.13. 46,47).
Pedro, Tiago e João foram na verdade chamados para anunciar a salvação em Cristo aos Judeus, embora Pedro, a princípio, tenha sido um instrumento do qual Deus se utilizou, para que os Gentios começassem a ouvir a palavra, (At. 15.7) , até que o ministério gentílico de Paulo se manifestasse:
“Antes pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão (porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para os Gentios)”. (Gl 2.8).
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a Graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fossemos aos Gentios e eles à circuncisão.” (Gl 2.9).
Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos Gentios, na fé e na verdade.” (I Tm 2.7).
O Apóstolo Paulo entendeu, como nenhum outro apóstolo, a dimensão da palavra “Graça” - o favor imerecido de Deus aos homens - o vemos falando disso no episódio quando repreendeu Pedro, pois este tinha comunhão com os Gentios, todavia, quando aparecia alguém, vindo de Jerusalém da parte do apóstolo Tiago, ele se afastava e evitava até participar das refeições com eles. (Gl 2.11-18). Para Paulo a Graça era total, era viver a vida da fé. (Tt 3.5-7).
O apóstolo dos gentios não pensava a Igreja instituição, e sim o corpo de Cristo. Sabemos pelo relato da própria escritura que Paulo:
  1. Trabalhou mais que os outros apóstolos:
“Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo”. (I Co. 15.10).
  1. Com esse evangelho revelado, Paulo foi o que mais escreveu epístolas, já que tinha muito o que transmitir. Foram 13 epístolas, quase a metade do Novo Testamento.
  2. Foi quem mais evangelizou:
Evangelizou a Ásia em dois anos, Atos 19:10; e parte da Europa, Espanha e Itália (Roma), (Rm.15:28-29).
  1. Ratificou a encarnação de Deus em Cristo ( Cl.1.19, 2.9 e I Tm.3.16)
  2. Batizou em o nome do Senhor Jesus Cristo ( At.19.5), conforme lhe fora revelado de antemão pelo próprio Senhor na estrada de Damasco. ( At. 9.5 e 18).
  3. Discerniu claramente estar sendo o veículo humano do Espírito da verdade, profetizado por Cristo para conduzir os gentios das trevas para a luz. (At. 26.17,18).
  4. De igual modo compreendeu ser o mensageiro da graça de Deus para a Igreja nascente (II Co.3.6, Cl.1.23 e 25, Ef. 3.8,9, II Co.11.2,3), eivada de costumes e ritos judaizantes.
Que fique bem claro em nossas mentes, que o evangelho revelado, como bem profetizou Jesus (Jo.16.12), foi dado a Paulo.
“Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”.
A perfeita vontade de Deus, como vimos a pouco, que o próprio Jesus Cristo, como ministro da lei (Rm. 15.8) não pôde em hipótese nenhuma falar dela, foi uma missão reservada a esse escravo Eliezer, pois o Espírito que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes, atuou em Paulo de forma específica para o pôr como “luz dos Gentios”.
“Mas quando vier aquele espírito da verdade, ele vos guiará em toda verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir” (Jo. 16.13).
Em nenhum apóstolo estes textos proféticos se harmonizam tão bem, exceto em Paulo. Usado pelo Espírito de Deus não falou de si mesmo, como profeta gentílico, só falou o que recebeu do Senhor e profetizou sobre a corrupção da Igreja no fim dos tempos.
Sim, este precioso mensageiro nos revelou a perfeita vontade de Deus (Rm 12.2). Um verdadeiro Eliezer em sua geração, preocupado em entregar ao seu Senhor uma noiva pura, como enfaticamente o vemos falando a Igreja em Corinto.
“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” (II Co.11.2,3).
Em outra ocasião, exorta aos gálatas a não abraçarem um outro evangelho, pois qualquer outro conteúdo bíblico-doutrinário, que não possuísse as características Paulinas, deveria ser veementemente rechaçado como uma mensagem de infernal condenação.
“Mas ainda que um anjo do céu, vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. (Gl. 1.8).
Paulo o modelo.
Sabemos que a mensagem aos gentios tem como primeiro arauto e modelo Paulo. Observamos que as cartas enviadas as Igrejas gentílicas, registradas em Apocalipse são referenciais importantes para corroborarem nossa argumentação. O próprio livro assegura ser uma mensagem atemporal e profética.
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Ap.1.3).
Do mesmo modo, as cartas enviadas às Igrejas vislumbram um tempo além daquele momento vivido pelo profeta João evangelista, pois retratam episódios claramente não circunscritos aquele período histórico. Isso fica patenteado através dos significados dos nomes de cada uma das Igrejas asiáticas citadas ali .
Há traços das fases vividas pela Igreja através dos séculos, traços esses, que o mais cético crítico do Evangelho não terá condições de refutar sua veracidade e historicidade. João escreveu para sete Igrejas locais, Deus, porém, falou para sete fases proféticas da Igreja em sua peregrinação terrena.
Em cada uma dessas fases sobreveio a apostásia, entretanto, Deus sempre proveu uma mensagem para restaurar aos seus filhos a palavra confiada ao primeiro mensageiro e modelo de todos os outros que viriam.
As dispensações gentílicas.
  1. Éfeso – Desejável e/ou relaxada. Tendo como fundamento o Jesus revelado através da mensagem Paulina, embora saibamos que o apóstolo dos gentios não chega ao final desta dispensação, sendo executado antes por Roma. No entanto, o que está em jogo aqui é a mensagem pregada por ele, a qual deixou discípulos fiéis, como por exemplo: Timóteo e Epafrodito, dentre outros.
  2. Logo em seguida temos Esmirna – Significa mirra, que era uma resina perfumada produzida por esmagamento. A mirra é usada na produção de óleos, perfumes e utilizada comumente para preparar corpos embalsamados para o velório. Tornou-se por isso, símbolo de amargura e sofrimento. O nome Esmirna era então muito significativo, apontando para uma Igreja sofredora, perseguida por Roma, todavia, exalando sempre o bom cheiro de Cristo.
  3. Pérgamo- Completamente casada e/ou elevada pelo casamento. A profecia aqui fala do relacionamento entre a Igreja e Roma. Desde da época em que Roma deixa de perseguir a Igreja 312, logo em seguida é proclamada a paz 313 D.c, até por volta do Sec. VI, D.c. É a fase e m que a Igreja começa a aderir ao balaísmo e ao nicolaísmo.
  4. Tiatira - Sacrifício de trabalho. É a dispensação em que a Igreja retorna às práticas veterotestamentárias, como também adere aos costumes pagãos de Roma. Essa dispensação vai de 606 a 1520 D.c.
  5. Sardes – Remanescente. Esse tempo pode ser claramente identificado com a época da reforma protestante, bem como o “anjo” da Igreja pode ser reconhecido indubitavelmente na pessoa de Lutero, pois além de dar os primeiros passos para que a Igreja abandonasse o paganismo, as obras da lei e os costumes pagãos, agiu e falou como um verdadeiro anjo de Deus, um profeta para sua época. Esse período vai de 1520 a 1750 D.c.
  6. Filadélfia - Amor fraternal, Um hiato excelente, onde tudo funcionou muito bem. Parecia um prenúncio da vinda de Cristo. O que se destaca nessa época de ouro da espiritualidade “protestante”, é o incansável trabalho evangelístico de John Wesley. Sua Igreja era literalmente o povo. Wesley de fato, não fundou nem uma denominação. Ele próprio dizia: “ Minha paróquia é o mundo.” Essa dispensação, vai de 1750 a 1906 D.c.
  7. Laodicéia - Governo do povo ou o povo governando. Essa dispensação se inicia em 1906 com a eclosão do pentecostalismo em Los Angeles, Estados Unidos, e perdura até a vinda de Cristo para buscar sua noiva amada. É a fase mais longa e mais difícil, pois a Igreja nominal traz em si os frutos abundantes de todas as dispensações precedentes. Vemos agora o “primeiro amor” falado em Éfeso totalmente esquecido, a Igreja tem renovado continuamente seus votos de fidelidade ao casamento realizado em Pérgamo com a religião Romana, pagã-judaica e apóstata. As práticas observadas em Tiatira, foram tão aperfeiçoadas que o “crente” hoje serve ao romanismo, pensando está servindo a Cristo. Como observado em Sardes, há muita aparência religiosa, entretanto não há vida espiritual. Tens nome de que vives, mas estás morto.” Ap.3.1.
Sabemos que em todas as dispensações houve sempre um remanescente com o espírito encontrado em Filadélfia, esperando apenas ouvir a voz da trombeta profética (Is.58.1, Jo.10.16) para seguir seu sonido. Pois no corpo doutrinário Paulino, não se dá ensejo a outro evangelho ou ao relativismo tão em voga nos dias de hoje.
“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.” (Ef.4. 4-6)
Sabendo de antemão isso, abracemos a mensagem que Deus deu a Paulo e que está restaurando nesta última fase da Igreja, a mensagem da Graça de Deus.
Em Cristo, Wanderley Nunes.