domingo, 28 de agosto de 2011

Revelação e iluminação das Escrituras

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Para que haja a perfeita adoração a Deus é de suma importância que os cristãos tenham conhecimento do modo como Deus se manifestou e se fez compreender no passado, e como se manifesta hoje.
Não há como o homem, em sua limitação e estado atual, ter um conhecimento perfeito de Deus, já que conforme escreveu Paulo, isso só acontecerá plenamente quando estivermos diante do Senhor ( I Co. 13.10,12) No entanto, existe a possibilidade do homem conhecer a Deus o suficiente para suprir suas necessidades concernentes à vida atual e porvir. Porém, o homem só logrará êxito na busca de conhecimento da palavra de Deus se aprouver ao Senhor revelar-lhe (Mt.11.25; Mt. 16 15-17).
Revelação
Esse é um vocábulo grego αποκαλυψις [apokalupsis] que significa: levantar ou retirar o véu. É um termo aplicado aos Escritos Bíblicos e seus ensinos e profecias dados diretamente por Deus, com o intuito de que seus desígnios e propósitos eternos cheguem ao homem. Para melhor compreensão é importante observar os tipos de revelações dadas ao homem.
  1. Revelação geral: Através da criação (Sl.19.1; 97, 1), da natureza (Rm 1.20), e do testemunho que Deus dá de si mesmo (At.14. 17).
  2. Revelação especial: Pela Escritura (II Tm. 3.16); Pela manifestação de Deus em carne (Jo.1.1; 20.28; I Jo.5.20; Cl.2.9); Deus se faz homem para trazer a salvação para os que crêem (Jo 1. 12,13).
Iluminação - Compreendendo a palavra
Dize-se que houve “iluminação” quando o homem consegue compreender uma doutrina ou porção das Escrituras que até então lhe era obscura. O termo “inspiração” teologicamente falando, é usado apenas para os escritos Bíblicos; aqueles que servem a Deus e estudam a sua palavra recebem “iluminação”, capacidade de compreendê-la, como bem enfatizou Paulo : "Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos " (Ef 1.18).
A iluminação em regra, vem depois da exposição da palavra de Deus (Rm.10.17). Quando alguém é iluminado, significa que passou a ter uma visão original da Palavra de Deus, ou seja, passa a compreendê-la com o mesmo significado que foi passada para os primeiros cristãos na era apostólica.
Deus usa homens
Na história da Igreja, desde os primórdios apostólicos, o Senhor comissionou homens para que levassem a sua palavra até os confins da terra. Em Jerusalém a princípio Deus chamou Pedro para pregar para o mudo de então, no qual se incluíam os gentios (At. 15.7).
A Escritura deixa claro que o apóstolo Pedro toma essa posição só até o advento de Paulo, o apóstolo dos gentios, com quem de modo efetivo se inicia a primeira dispensação ou “era” para os gentios (não Judeus).
Paulo o primeiro mensageiro para os gentios
Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo separado para o evangelho de Deus”. Rm. 1:1.
Porque convosco falo, Gentios, que, enquanto for Apóstolo dos Gentios, glorificarei o meu ministério”. Rm. 11:13.
O Senhor foi buscar no próprio Judaísmo o austero e zeloso Saulo, cujo nome significa: Pedido; denotando assim que os seus pais oraram a Deus em busca de um filho homem, o que era de muita importância na religião judaica, para assim perpetuar as suas tradições. Ao ser convertido à fé em Cristo, no caminho de Damasco (At. 22.6, 15, 21), adota o nome gentílico, mais precisamente Romano, Paulo, que quer dizer: pequeno; numa clara demonstração de desprendimento, que é o verdadeiro espírito do Cristianismo.
A mensagem que Paulo trouxe, não era fruto de uma convivência física com os apóstolos, e muito menos com o Senhor, que aliás, ele nem conheceu pessoalmente. Foi sim, o resultado de um chamado de Deus e de seguidas revelações, que punham o seu ministério em um patamar muito superior aos dos outros apóstolos.
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo”. Gl. 1:11-12.
Paulo foi chamado para levar as boas novas (evangelho) aos Gentios. A seu respeito estava profetizado. Is. 49.6. “... também te dei para luz dos Gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra”. E ele próprio discerniu essa profecia, At. 13.46-47.
“Antes pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão (porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para os Gentios. Gl. 2.8)”.
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a Graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fossemos aos Gentios e eles à circuncisão”. Gl. 2.9.
Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos Gentios, na fé e na verdade”. I Tm. 2.7.
Paulo trouxe a revelação da graça de Deus
“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” (At. 20.24).
A mensagem para os gentios, é na verdade a mensagem do pacto da graça evidenciado de modo inconteste por Paulo, porém esquecido nas dispensações subsequentes. Deve ficar bem claro que o cânon das Escrituras está fechado e o que Paulo recebeu e escreveu como “revelação” de Deus, agora é discernido pela unção profética da mensagem restauradora.
Quando a mensagem é exposta hoje, Deus abre o entendimento daquele que é seu para que compreenda a palavra. Pode-se apontar como exemplo Lidia (At.16.14-15) que ouviu a palavra, pois o Senhor lhe dera ouvidos para atender as palavras de Paulo.
Outro exemplo significativo pode ser encontrado no eunuco Etíope (At.8.26-39), vinha lendo a revelação (Escritura), porém não possuía a iluminação, foi necessário que Filipe lhe expusesse a palavra para que o Espirito de Deus abrisse o seu entendimento. É pertinente dizer que a obra é do Espirito de Deus, porém ele só irá atuar para trazer a clareza da palavra através daquele que ele iluminou e comissionou para isso.
A Mensagem restauradora traz a iluminação para hoje
A mensagem da graça foi pregada por Paulo, entretanto foi esquecida com a passagem do tempo e sobretudo com a apostasia que vem tomando conta da Igreja ao longo dos séculos. Em 31 de outubro de 1517 eclodiu a reforma protestante quando Lutero deixou afixado suas 95 teses na porta do templo de Witemberg, protestando contra diversos pontos doutrinários da religião estabelecida, dentre eles, a venda das indulgências (venda do perdão de pecados).
Ainda hoje, vê-se claramente na Igreja atual esse triste legado herdado do romanismo. O catolicismo ainda ensina tal prática, ainda que de uma maneira discreta. O modo mercantilista de tratá-las mudou um pouco, tornando-se algo velado, todavia as filhas (Ap.17.5), grupos religiosos que surgiram nesse rastro, tomaram esse legado mamonico (Mt.6.24) para si e o abraçaram com força total.
Isso é a apostasia já dantes profetizada (I Tm. 4.1) . É importante salientar que a reforma trouxe um sopro de vida com relação a graça de Deus, entretanto, mesmo ela ficou relegada ao esquecimento, já que a Igreja hoje vive propalando indulgências modernas, embora com outros nomes: (sabonete,toalha,rosa,sal e água “ungidos”, descarregos, fogueiras, onde se paga para minimizar a morte salvífica de Cristo, no afã de resolver seus problemas pessoais). Isso é um insulto à graça de Deus, é desconsiderar o sacrifício do Senhor Jesus: “ De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano (comum) o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo (insulto, ultraje, ofensa) ao Espírito da graça? ” ( Hb. 10. 29).
Em Atos 3.21 há uma promessa: “O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.”
O texto enfatiza que antes da vinda de Cristo haveria uma restauração, Deus agiria como sempre agiu e enviaria uma mensagem de restauração. É nesse tempo que estamos vivendo, esta é a dispensação mais negra de todas, quando a Igreja é Laodiceiana (veja o artigo : “ Há esperança para Laodicéia?), estabelecendo ao seu bel prazer o seu “deus” e o seu modo politeísta e mamonico de adorá-lo.
Porém é nessa hora final que o Senhor em seu eterno propósito têm enviado uma mensagem completa de restauração, abrangendo tudo o que não pôde ser alcançado nas dispensações anteriores, resgatando os eleitos de Laodicéia e os trazendo para a dispensação do Reino de Deus (Cl. 1.13).
Pr. Wanderley Nunes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Há esperança para Laodicéia?

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Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Ap. 3.20.


Este é um texto muito usado quando se faz um apelo para que o pecador se decida por Cristo, ganhando inclusive uma conotação muito romântica e por vezes poética. Mas o referido versículo é dirigido a alguém que ainda não é cristão? Evidente que não, primeiro porque Apocalipse é um escrito endereçado às Igrejas da Ásia (Ap.1.4). Deus não está tratando aqui com um grupo de impios, e sim com uma igreja estabelecida que havia perdido o sentido do que verdadeiramente era ser um Cristão. Haviam se tornado altamente legalistas nas suas práticas religiosas, daí a razão de Jesus os chamar de “desgraçados”, literalmente: destituídos da graça de Deus, o que consequentemente os tornou pobres e miseráveis diante do Senhor, não vendo a grandeza da graça salvadora, devido a cegueira espiritual a qual os despojou completamente das vestes brancas da justiça Divina.
Outro fator interessante que não se deve passar por cima é que o primeiro casal, Adão e Eva, foram lançados fora da presença de Deus (paraíso), enquanto que Laodicéia - que é combinação de duas palavras gregas: "Laos", que significa povo, gente, laico, leigo, e "dikecis", que significa opinião, costume, governo, juízo; de onde se deduz que Laodicéia quer dizer, a opinião ou governo do povo ou laicado - colocou Jesus para fora dos seus templos através dos seus dogmas e ensinos de homens.
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                                     “ Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”
Jesus está batendo à porta de Laodicéia. Ora, se alguém bate na porta a fim de que o deixem entrar, isto que dizer que tal pessoa se encontra do lado de fora. Isso mesmo! Jesus tem tido o seu nome poderoso usado para que os vendilhões do templo se locupletem às suas custas, sem o compromisso de abraçar a sua fé e muito menos sua ética. Desejam o nome (a religião), mas rejeitam a pessoa (a palavra) de Jesus.
Bem profetizou Isaías sobre isso:E sete mulheres (grupos religiosos) naquele dia lançarão mão de um homem (Jesus), dizendo: Nós comeremos do nosso pão (doutrina de homens), e nos vestiremos do que é nosso (justiça própria, ou seja, religião legalista); tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio” (Is.4.1).
Ainda há esperança para alguns
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“Se alguém ouvir a minha voz...”. O referido versículo assegura que até o fim desta dispensação Laodiceiana haverá uma voz, que seguramente é a voz do Senhor, do lado de fora de toda essa confusão religiosa, clamando para que alguns que estão em Laodicéia, mas não são laodiceianos, possam sair de lá (Ap.18.4). Certamente Deus tem os seus: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus”(II Tm.2.19); “Quem é de Deus escuta as palavras de Deus” (Jo.8.47).
Os que são de Deus ele mesmo os escolhe: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto” (Jo.15.16). O Senhor também deu certeza que quando sua voz ecoasse surgiria um rebanho, que ele mesmo nominou de “um só rebanho” : “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” (Jo.10.16).
Como em todas as dispensações, Deus tem usado a voz humana para que seja a sua voz; foi assim na Antiga aliança com os profetas, depois na encarnação quando Deus se fez homem, e nas dispensações gentílicas que se seguiram, quando O Senhor usou Paulo, Lutero, Calvino, Zwinglio e outros verdadeiros profetas e mestres da Igreja.
Agora nesta última fase, Deus tem suscitado uma mensagem de restauração, uma voz profética, a parte de todo esse movimento hiper religioso, e que assim como os ministérios proféticos vindicados por Deus, tal ministério só é notado por aqueles que tem ouvidos espirituais dados pelo Senhor Jesus Cristo para que possam discernir a sua voz (Mt.11.15), esses indubitavelmente ouvirão a chamada da última hora (Mt. 25.6).
É agora o tempo de abandonar a religião apóstata; cheia de penitências com prazo de validade vencidos pela chegada da dispensação gentílica da graça, inaugurada por Cristo Jesus em um concerto muito superior (Hb.8.6).
Se você foi despertado por Deus através desta palavra, entre em contato conosco, queremos ter o prazer de compartilhar com você a mensagem da última hora.
Pr. Wanderley Nunes.