Essa é a tensão entre o que já possuo de direito em Cristo, porém ainda não tenho concretizado de fato na dimensão física.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
A necessidade de discernimento
Essa é a tensão entre o que já possuo de direito em Cristo, porém ainda não tenho concretizado de fato na dimensão física.
sábado, 28 de novembro de 2015
Os milagres e Is.53
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Comentário de Gálatas 1.10 – Agradando a homens ou a Deus?
Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.
Paulo aqui se refere ao alvo da sua prédica: Falar da boa nova, tentar levar todo homem judeu ou gentio, ao evangelho. O intento Paulino era de fato cumprir esse propósito.
“…E toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”1.
“…Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”2.
“…Dirijo-me a vós outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério3.”
“…Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”4.
O dilema dos Gálatas
O grande entrave nesse momento é que os gálatas estavam sofrendo sérios ataques dos discípulos de Jerusalém, que buscavam desacreditar Paulo e seus ensinos. Tudo indica, que uma das acusações era que ele escoimava os galacianos das práticas da lei, com o intuito de facilitar a entrada deles na fé do Evangelho.
Paulo por sua vez, argumenta de modo incisivo que ao contrário do que se falava, ele seria a última pessoa que deveria ser acusada de transigir com o Evangelho de Cristo, visto que, antes de optar por seguir a Jesus, fora um dos maiores inimigos da Eclésia nascente.
Como bom fariseu, não aceitava de modo algum, a mínima comunhão entre evangelho e lei, pois a lei de Moisés fala de vida pelo cumprimento dos seus preceitos5, o Evangelho por outro lado, apresenta a vida eterna adquirida pela graça mediante a fé6. Logo, não há comunhão alguma entre lei e Evangelho, eles são antagônicos.
“Os irmãos” de Jerusalém, estavam tentando instruir os gálatas a entrarem no caminho do Evangelho pelas vias da lei, para Paulo, isso era inaceitável.
Se como judeu nunca aceitou isso, muito menos agora conhecendo a graça salvífica do Evangelho de Jesus Cristo.
Por esse motivo, ele argumenta, que se fora o seu propósito isentar-se e/ou até evitar o sofrimento, o vitupério de Cristo, sem dúvida teria continuado sendo um austero judeu, fariseu, guardador empedernido da lei Mosaica, o que lhe proporcionaria reconhecimento e status inerentes ao seu posto.
Quem de fato estava querendo se isentar do vitupério da cruz, e isentar os gálatas, não era Paulo, mas os de Jerusalém. Na mesma carta o apóstolo expõe o estratagema dos legalistas.
“Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo, está desfeito o escândalo da cruz7“.
“Todos os que querem ostentar-se na carne, esses vos constrangem a vos circuncidardes, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.
Pois nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar guardam a lei; antes, querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne”8.
Quem estava fazendo isso, Paulo ou “os irmãos” de Jerusalém? No Evangelho anunciado por Paulo, não havia espaço para glória e ostentação humanas, culto do ego, show gospel, encontros com Deus antecipadamente marcados, culto dos empresários, orações cujo o único intuito é se dar bem… Evangelho é cruz, é fé na obra absoluta de Deus, levada a cabo no Gólgota.
O Evangelho nos leva a vivermos por fé, esperando o porvir. Enfrentando os sucessos e fracassos que sem dúvida nos sobrevirão, porém, sempre com os olhos fitos no amanhã, no raiar do novo dia que trará novos céus e nova terra.
Se olharmos para a vida presente com o olhar futurista da fé, pouco ou nenhum espaço haverá para decepções com Deus, para um “evangelho mercadológico”, psicodélico, fruto de mentes paranoicas e megalomaníacas, cujo Deus é o “eu”, cuja efêmera glória serve somente para a confusão deles, pois só pensam nas coisas terrenas9. Evangelho é paz com Deus, paz consigo mesmo, paz que excede todo o entendimento e circunstâncias.
Wanderley Nunes
1II Co.10,5
2At.20.24
3Rm.11.13
4II Tm.4.7
5Lv.18.5
6Ef.2.8,9
7Gl.5.11
8Gl.6.12,13.
9Fp.3.19
terça-feira, 21 de julho de 2015
Comentário de Gálatas 1:8,9 - Além do Evangelho
Por conseguinte, o versículo 9 apresenta o outro lado da moeda. A atenção aqui não é com relação ao que foi ensinado e sim no que fora “recebido” pelos gálatas. Tem muito líder religioso usando esses versículos para conduzirem pessoas cativas aos seus projetos megalômanos e avaros.
quarta-feira, 18 de março de 2015
Comentário de Gálatas 1. 6,7: Evangelho Pervertido
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Comentário de Gálatas 1.4,5: Segundo a vontade de Deus
O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja glória pelos séculos dos séculos. Amém!
“O qual se entregou” (tomou nosso lugar). Paulo aponta para a graça revelada em Cristo morrer por nós. Jesus se entregou pelos nossos pecados. Não é salutar para quem quer que seja, desprezar a substituição efetivada por Cristo, de perdido pecador, o homem torna-se salvo e isento de toda culpa pelos méritos de Cristo.
Qualquer tentativa de buscar o favor de Deus através da sua própria indústria, redunda em uma negação, ainda que inconsciente, do demérito humano, pondo Cristo, sua vida, morte e ressurreição, como insuficientes para a justificação do pecador, constituindo-se tal ato, por si só, em uma afronta ao Evangelho da graça de Deus.
Foi contra essa subversão do Evangelho que Paulo se ergueu. Os Gálatas estavam agora tentando alcançar o favor de Deus depositando suas esperanças nos elementos tangíveis e transitórios, os quais os judaizantes inculcava-lhes, desprezando assim os ensinos libertadores do apóstolo dos gentios.
Hoje, quando observamos tudo o que a grande mídia propaga como Evangelho, não podemos fazer vista grossa às explícitas recomendações contidas na carta Galaciana, de modo a rejeitar os rudimentos do mundo: Dias de guarda, vigílias, jejuns, sacrifícios financeiros…
“Para nos desarraigar deste mundo perverso”, a versão Revista e corrigida diz: “Para nos livrar do presente século mau””. A ideia de Paulo é de querer demonstrar a efemeridade do mundo em que vivemos, por si só, a fraqueza do presente século deveria ser entendida como algo malévolo. Cristo morreu para arrancar o homem de tudo o que possa lhe prender a coisas passageiras em detrimento das eternas.
O pensamento Paulino não é demonizar a vida presente, todavia, patentear para sua audiência a inconsistência e vacuidade de uma vida cujo alvo consiste em viver como se o objetivo não fosse o eterno, ou como se o eterno nunca fosse chegar. É nesse mesmo sentido sua fala dirigida aos coríntios.
O tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se o não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa (I Co.7.29 -31).
Pensar ou desejar uma vida dependente de Deus de forma apenas horizontalizada, é sintetizar o Evangelho de modo a descaracterizá-lo do transcendente, é erguer um ídolo cuja consistência é o pó que só alimenta a serpente.
“Segundo a vontade do nosso Deus e pai”. Sendo a vontade de Deus o desapegarmos cada vez mais da atual dimensão, posto que, se assim não fora, absorveríamos as volubilidades da vida como consequência do nosso envolvimento e paixão com o fugaz presente século.
Em lugar de produzir uma frustração mórbida, tal contexto deveria despertar em nós o anseio de viver uma vida intensamente e em toda a plenitude, todavia, com a certeza que toda essa completude e intensidade sempre será absorvida pelo eterno. A vontade de Deus, é que vivamos o hoje com os olhos e o coração no amanhã.
“A quem seja glória pelos séculos dos séculos. Amém!” Esse é o alvo do Evangelho e de todo aquele que nele crê: A Glória de Deus. Se há grupos que vivem um pseudoevangelho, voltado e devotado exclusivamente para seus interesses meramente materialistas, conclui-se então que o reino deles é terreno, o deus deles é o seu ventre, e sua glória constitui-se apenas em uma quimera.
“si in hac vita tantum in Christo sperantes sumus miserabiliores sumus omnibus hominibus” ( I Co.15.19).
Wanderley Nunes.