sábado, 17 de abril de 2010

A revelação da Divindade


Jesus Cristo o único Deus e Senhor.

“Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é único Senhor”. Dt 6:4.

As escrituras não falam da existência de uma Trindade, Deus é um Deus único, e as Escrituras afirmam que ele se manifestou em carne: “e sem dúvida alguma grande é o mistério da piedade: aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória”. I Tm 3:16.

Ele era Senhor e Cristo, todavia, para se tornar o cordeiro (Jo 1:29), teve que se fazer carne. Em Lv 26:11-12, há uma profecia a esse respeito: “E porei o meu tabernáculo no meio de vós... e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo”. Para ser o sacrifício eterno para a salvação do homem, Ele teve que construir um tabernáculo (corpo), e habitar nele: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Cl 2:9.

Pode um espírito ter as suas carnes cortadas e derramar sangue? Claro que não. O próprio Cristo disse aos discípulos: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne, nem ossos, como vede que eu tenho”. Lc 24:39.

Ele era Senhor e Cristo, todavia, o corpo criado (o tabernáculo humano) recebeu um nome: “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.”At 2:36.

É bom que se observe: Senhor Jesus Cristo. Se ele é aquele que se manifestou em carne (I Tm 3:16); Se Jesus é Senhor e Cristo, ele não pode ser nada menos que Pai, Filho e Espírito Santo, habitando em um corpo humano, de forma nenhuma, três pessoas, mas um Deus que se manifestou em três títulos maiores.

Deus criou o óvulo e a semente de vida humana, usando Maria como incubadora. O Deus único e eterno criou para si mesmo um corpo, através do qual pôde ser manifestado, (expressado) aos homens: “O qual é a imagem do Deus invisível...” Cl 1:15. 

Para que se compreenda melhor este assunto, é salutar verificar que as Escrituras dizem que ele nasceu o Cristo: “Ora o nascimento de Jesus Cristo foi assim...” Mt 1:18. Entretanto, o anjo deu uma ordem a respeito do nome que lhe deveria ser dado entre os homens; “... e chamarão seu nome Jesus...” Mt 1:21. Talvez você conheça alguém que se chama Jesus, no entanto, só há um Jesus nascido O Cristo. Jesus foi feito Senhor e Cristo: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos)”, At 10:36. Agora você começará a entender Mt 28:19 “... batizando em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

  PAI                 FILHO         ESPIRITO SANTO
Senhor              Jesus                    Cristo

Que grande revelação se tem quando se compreende isso; um único Deus em três manifestações: Ele é o Pai, que criou o universo e um corpo para habitar; Ele é o Filho, pois o seu corpo humano foi criado para que Deus se manifestasse aos homens. Ele é o Espírito Santo, pois ele mesmo disse aos discípulos que voltaria em uma outra forma: “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós”. Jo 14:17.

O ESPIRITO SANTO É CRISTO.

Jesus disse: “... e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. Mt 28:20.

Como Jesus está aqui hoje?

Sabe-se que Deus para se manifestar palpável e visivelmente aos homens, teve que preparar um corpo para nele habitar, esta foi sua manifestação como filho, todavia, ele disse que “estaria conosco...” Como então explicar isso, se as pessoas dizem que o Espírito Santo é outra pessoa, outro deus?

Quando Cristo esteve aqui na sua manifestação carnal (humana), ele teve um corpo, e a Bíblia diz que nesta era atual ele possui outro corpo, no qual se manifesta (expressa) ao mundo: “... ora vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular”. I Co. 12:27. Se ele esta na terra e não possui um corpo físico, antes usa a igreja (pessoas), então fica claro que ele está hoje entre os seus em espírito, o corpo físico (glorificado) está no trono (Jo 3:13). Entretanto, o mesmo espírito onipresente está no seu corpo místico; a igreja. At 16:7 diz : “ E quando chegaram a Misia, intentavam ir para Bitinia, mas o espírito de Jesus não lho permitiu”. Esse detalhe não deve ser desprezado; o Espírito de Jesus impediu aos apóstolos irem adiante, entretanto, a Escritura diz: “... há um só corpo e um só espírito”. Ef 4:4. “Ora há diversidade de dons, mas o espírito é o mesmo...”. I Co. 12: 4. Se não há dois espíritos operando nesta era, como está claro nas Escrituras já citadas,se tem que admitir que o Espírito de Jesus é o Espírito Santo em sua forma original que é espírito!


DEUS – ESPÍRITO SANTO, DUAS PESSOAS?

O próprio Cristo enquanto homem (Deus na sua manifestação humana) disse a samaritana: “Deus é espírito”. Jo 4:24.

Com o propósito de se lançar um pouco mais de luz sobre esse assunto, é pertinente atentar para a revelação bíblica, a qual deve ser sempre zelosamente acatada:

Jesus como homem não foi chamado filho de Deus? Mas lê-se na escritura: “Ora o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem achou-se ter concebido do Espírito Santo”. Mt 1:18. Não é Deus o seu pai? Sim é, pois Deus é espírito e um Espírito Santo; doutra forma os Cristãos teriam uma escritura indigna da sua confiança, pois Jesus é chamado (na sua manifestação humana) Filho de Deus, todavia, outro é seu pai. Seria uma grande contradição, e não haveria mais possibilidade de crédito à palavra. Entretanto, fica claro, que o Espírito Santo que estava em Jesus, era nada mais, nada menos, do que Deus em Cristo: “... isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” II Co. 5:19.

Concluí-se então, que Deus é espírito e que o pai de Jesus é o Espírito Santo. E o pai estava nele, logo, ele é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Qual é então o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo?

SENHOR       JESUS         CRISTO
   Pai                Filho        Espírito Santo

O pai é o Senhor, o filho é Jesus e o espírito Santo é o Cristo. Por isso ao crer nessa verdade, deve o Cristão buscar logo ser batizado em nome do Senhor Jesus Cristo, conforme Mt 28:19.


Jesus: o mesmo Deus do antigo testamento.


Jeová – Sl. 24:10; Jesus – I Co. 2:8.
Jeová – Ex.3:14; Jesus – Jo 8: 24, Jo 8: 58.
Jeová – Dt. 6:13; Jesus – Mt. 4:10; Jo 9:38.
Jeová – Ex 20:10; Jesus – Mt 12:8.
Jeová – Is. 44:6; Jesus – Ap. 1:17.
Jeová – Sl. 27.1; Jesus – Jo 8:12.
Jeová – Dt. 32:39; Jesus – Jd 4.
Jeová – Ex. 20:3; Jesus – Jo 20:28, II Pe. 1:1, Rm 9:5.
Jeová – Dt. 32:4; Jesus – Jo 14:6.
Jeová – Dt. 6:4; Jesus – Ef. 4:5.

Wanderley Nunes

sábado, 6 de março de 2010

Hermenêutica: Será que Jo.5.39 é uma ordem para que se leia as Escrituras?

A igreja se encontra bebendo em cisternas rotas e desprezando o manancial de águas vivas (Jr. 2.12). Temos inclusive uma análise hermenêutica de Jo. 5.39 digna de ser observada, já que as Escrituras desde o principio advertem a não alterar aquilo que sai dos lábios do Senhor (Dt. 4.2, Ap. 22.19).
Desde muito, o referido texto é usado nos púlpitos, nas praças, e em artigos escritos por pessoas respeitáveis, a fim de referendar a idéia de que Jesus estava aí ordenando a leitura das Escrituras, o que na verdade é um ledo engano, pois nesse versículo o Senhor diz que na verdade eles liam as escrituras, por imaginarem encontrar nelas a vida eterna, e ele (Jesus) a própria vida, se encontrava diante deles e por não possuírem iluminação espiritual, não conseguiam enxergar isso.
Para se chegar a essa conclusão basta observar que o verbo encontra-se na 2ª pessoa do plural do presente indicativo: eu examino, tu examinas, ele (ela) examina, nós examinamos, vós examinais, eles (elas) examinam.
Corroborando essa assertiva, poder-se-ia citar a excelente tradução da NVI para esse texto : “Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito”. Já a versão católica diz: Vós perscrutais (perscrutar = Averiguar minuciosamente; indagar, investigar, sondar) as Escrituras, julgando encontrar nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim. E vós não quereis vir a mim para que tenhais a vida.., a Basic english axiomaticamente diz: You make search in the holy Writings = vocês pesquisam os escritos sagrados...
Os líderes religiosos do tempo de Cristo não podiam ser acusados de negligenciar os estudos das sagradas letras, todavia podiam ser acusados de quererem ser aceitos e justificados diante de Deus pelo simples fato de serem dedicados nisso. Jesus por sua vez apontou na direção de que eles estavam fazendo um estudo (investigação, busca), o texto grego diz isso, mas sem contar com a ajuda dos céus, o que fez com que eles desprezassem aquele que de lá viera. Que estudemos a palavra do Senhor com mais temor e tremor, pois elas testificam do nosso salvador. Deus em sua Graça continue abençoando seu povo.

Wanderley Nunes.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Batismo apresentado no Novo Testamento

Batismo Introdução:
Aquele que tem sido chamado pelo Senhor, sem dúvida desejará receber o batismo conforme exarado nas escrituras. A fim de que o candidato esteja certo de estar fazendo a perfeita vontade de Deus, é imprescindível que tome o nome revelado de Deus na Nova Aliança (Jo.17.6, 26): Senhor Jesus Cristo; para a confissão e remissão dos pecados (Atos 2: 38). Se faz necessário que o coração desejoso pelo batismo esteja antes de tudo arrependido e disposto a servi-lo (Atos 2: 38; 16: 31).
No batismo o crente recebe “o nome do noivo” e o “atestado de óbito” com relação a esse mundo : “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” (II Co.11.2). “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado” (Rm.6.3,7).
O simples fato de ser batizado nas águas, de modo algum redimirá o homem dos seus pecados, esse é o papel do sangue imaculado do cordeiro (I Jo.1.7). A disposição de abandonar a vida de pecado é fator preponderante para o candidato que anseia ser batizado no precioso nome do Senhor Jesus Cristo. Aquele que não deseja “emendar-se” (At.26.20-na A. R.C)1 dos seus maus caminhos não usufruirá das bençãos advindas do batismo bíblico, pois demonstra com isso imaturidade e sobretudo falta de discernimento espiritual.
O não preocupar-se em ir para as águas batismais sem uma consciência nova como diz o Apóstolo Pedro (I Pe.3.21) com relação a vida que levará de agora em diante, desonra o Senhor da Igreja, que instituiu essa cerimônia que juntamente com a Santa Ceia constituem-se nas duas principais ordenanças para o seu povo na Nova Aliança, podendo tal atitude trazer-lhe sérios problemas de ordem espiritual e física (I Co.11.27,31).
A partir do momento em que há entendimento com relação a responsabilidade que é receber o nome do Deus todo poderoso através do batismo, e procedendo tal atitude de um coração reverente e ansioso em servir a Deus, deve o candidato pedir o seu batismo sem mais demora, o qual será efetuado pelo ministro ordenado pela Igreja em uma cerimônia festiva e reverente. Já que ao tomar conhecimento da vontade de Deus, o que se espera de um servo preocupado com sua fidelidade ao seu Senhor é a obediência a sua palavra. “ ...Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade”(I Pe.1.22), e as Santas Escrituras advertem : “...Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”(Lc.12.48.).
A Forma do Batismo apresentada pelas Escrituras.
Há pelo menos três formas conhecidas e tradicionais de batismo: aspersão (a água é derramada pelo oficiante com a mão sobre a cabeça do batizando), a afusão. “Afundir” ou “efundir” consiste no derramamento de água sobre o batizando, que alguns, mais rigorosamente, preferem distinguir da “aspersão” (“borrifar”, “salpicar”), chamando atenção para a quantidade de água e método, e a imersão (o batizando é submergido na água).
Li06
batismo com pingod de agua















A Palavra afirma taxativamente que só há um batismo, um Senhor e uma só fé (Ef. 4:5) . O modelo encontrado no Novo Testamento aponta para a imersão, pois tudo parece indicar ter sido o modo pelo qual o Senhor foi batizado e pelo qual os Apóstolos batizaram desde o início. Dois textos aludem á essa ideia . “Batizado Jesus, saiu logo da água...” (Mt 3.16). Em Atos 8:38-39, vê-se Felipe na cerimônia de batismo do eunuco, os versículos afirmam: “...ambos desceram a água, e Felipe batizou o eunuco. Quando saíram da água...” Os termos “saiu” e “saíram da água” parecem indicar de modo inequívoco, conforme demonstrado nos Evangelhos e em Atos que o batismo praticado nessas ocasiões foram por imersão. A ideia Paulina de sepultamento do velho homem registrado em (Rm.6:4), demonstra a confirmação da doutrina bíblica do batismo no que diz respeito a sua forma. Mesmo a análise etimológica da palavra batismo fortalece o pensamento imersionista. O vocábulo grego “Baptizo”, donde se derivou “batismo”, já por si só é uma prova contundente a favor do batismo nas águas por imersão como sendo esse o modo bíblico, Cristão e Apostólico de se batizar os catecúmenos2.
A FÓRMULA BIBLICA DO BATISMO.
Há uma grande controvérsia quanto ao mandamento de Jesus aos seus apóstolos quanto ao batismo registrado em Mt. 28. 19. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;...”. Há de se observar atentamente que Jesus não estava se dirigindo a qualquer um, mas aos homens escolhidos e designados por ele : “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei...” (Jo.15.16); homens aos quais ele revelou os mistérios : “Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido (Mt.13.11).
Por vezes eles contemplaram a revelação da Divindade, a ponto de um deles exclamar: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo.20:28). O próprio Jesus disse a satanás: “Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”( Mt.10), no entanto, ele mesmo se deixou adorar pelo homem curado da cegueira: “Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou” (Jo.9.38), demonstrando assim sem contradição alguma, ser ele o Deus todo poderoso manifestado em carne.
O registro de Lucas sobre o dia de Pentecostes é muito esclarecedor; enfaticamente diz que todos os presentes no cenáculo ficaram cheios do Espirito Santo (At.2.4). É digno de nota, que a ordem para que eles aguardassem o revestimento do Espirito foi do próprio Jesus: “E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com {com; ou em} água, mas vós sereis batizados com {com; ou em} o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At.1.4,5).
Essas mesmas escrituras dizem que os que detinham a revelação da vontade de Deus eram os profetas; e naqueles dias os apóstolos : “o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito” (Ef.3.5). “Para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos” (II Pe.3.2) .
O Apóstolo Pedro fora o homem designado por Jesus para liderar a sua obra na Igreja que nascia: “Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas” (Jo.21.17). Esse mesmo Simão Pedro estava liderando o grupo de 120 discípulos, os quais incluía o grupo apostólico e Maria a mãe de Jesus: “Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (At.1.13,14). Foi justamente esse homem escolhido por Jesus e que na ocasião se encontrava cheio do Espirito Santo, que falou a multidão: “Arrependei-vos, e cada um de vos seja batizado em nome do Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (O mesmo Espírito de Deus que eles  haviam acabado de receber).
Não houve nenhuma palavra contrária por parte dos outros Apóstolos, multidões afluíram á comunhão da Igreja através do batismo: “Então os que lhe aceitaram a palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (At. 2.41). A Igreja Apostólica com a revelação do Espírito Santo cumpriu cabalmente a ordem que Jesus lhes ordenara em Mateus 28:19.
O que deve ficar bem claro é que em Mateus é dada a ordem para se usar o nome e em Atos2.38 é usada a fórmula ou seja , aquilo que deve ser dito ao batizando no momento que se estar efetuando o batismo. Havendo uma crença na fidedignidade da Bíblia como aclarado nas palavras Neotestamentárias que: “Toda Escritura é inspirada por Deus...” (II Timóteo 3:16); logo não há de se observar nela nenhuma contradição, e sim por parte dos homens, falta de iluminação para compreender o que ela revela.
Se o texto for analisado acuradamente e Deus derramar a sua luz, notar-se-á que Atos 2:38 não contraria de modo algum Mateus 28:19. É sensato observar, que o Senhor Jesus disse: “...batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”
O mandamento é batizar usando o nome (singular) do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A argumentação Petrina é clara e categórica: “... e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo...”, em perfeita harmonia com toda a Escritura vetero e neotestamentária. Os títulos Pai, Filho, e Espírito Santo referem-se as manifestações maiores de Deus na história da humanidade; ele foi Pai na Criação, Filho na encarnação (Deus só é chamado de filho na encarnação do verbo, antes Ele é o Deus todo poderoso) e Espirito Santo na obra da regeneração.
Ademais, havendo a clara compreensão de que os Apóstolos tinham a revelação do nome de Deus: Senhor Jesus Cristo, conclua-se também que se fosse correto batizar usando títulos, isso é o que não faltaria para que os líderes da Igreja nascente se utilizassem. Eis alguns títulos de Deus no Antigo Testamento :

Nome:
Passagem:
Significado:
Jeová-jireh
Gêneses 22:14
O SENHOR verá (i.e. proverá).
Jeová-rapha
Êxodo 15:26
O SENHOR que cura, sara.
Jeová-nissi
Êxodo 17:15
O SENHOR nossa bandeira (i.e., vitória).
Jeová-m'kaddesh
Êxodo 31:13
O SENHOR que santifica.
Jeová-shalom
Juízes 6:24
O SENHOR nossa paz.
Jeová-sabaoth
I Samuel 1:3
O SENHOR dos Exércitos (Todo-Poderoso).
Jeová-elyon
Salmos 7:17
O SENHOR Altíssimo.
Jeová-raah
Salmo 23:1
O SENHOR meu pastor.
Jeová-hoseenu
Salmo 95:6
O SENHOR que nos criou.
Jeová-tsidkenu
Jeremiah 23:6 O SENHOR Nossa Justiça.
Jeová-shammah Ezekiel 48:35 O SENHOR está presente (Ali)
³
Foi justamente a clareza da doutrina da revelação do nome de Deus que fez com que os santos apóstolos não optassem em momento algum batizar os que se achegavam à Igreja em nenhum dos títulos de Deus, mas no seu nome: Senhor Jesus Cristo. Por esse motivo, no dia de Pentecostes, quase três mil almas tomaram o nome de Deus no batismo, pois este é, conforme o apóstolo Pedro, “O único nome abaixo do céu, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” At. 4. 12.
Felipe batizou no mesmo nome os samaritanos: “...somente haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus”. Pedro repetiu a mesma fórmula na casa do centurião Cornélio, At. 10.48, “ordenou que fossem batizados em nome do Senhor Jesus”. “Ordenou” é um vocábulo muito sugestivo nesse texto; Lucas (o escritor do livro de Atos) demonstra fortalecer a ideia de ordem imperiosa dada a um oficial da corte italiana, que bem conhecia o que era uma ordem superior, bem como o perigo de desobedece-la.
O episódio relatado em Atos 19.1-7, é muito significativo no que diz respeito a importância do batismo usando o nome, mesmo para aqueles que uma vez já foram batizados. Para Paulo o apóstolo dos gentios, o maior Evangelista do novo Testamento, o nome revelado de Deus era importantíssimo, por isso, quando alguém era alcançado pelo Evangelho, a primeira atitude Paulina era por sobre esse novo discípulo o Nome do Senhor Jesus Cristo.
A primeira revelação que Paulo recebeu do Senhor foi quanto ao nome do seu Deus, fato esse que marcou sua vida para sempre: “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, porque me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus a quem tu persegues...” (At. 9.3,5). Aquele outrora perseguidor da Igreja, torna-se agora o seu mais notório defensor e divulgador. Atos 22:16, informa que ele invocou o nome do Senhor ao ser batizado por Ananias.
Há outros testemunhos Bíblicos, os quais atestam de forma inexorável o batismo em nome do Senhor Jesus: “... fomos batizados em nome de Jesus...” (Romanos 6:3); “....Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.(Lc. 24.45,47).
A fórmula trinitarista adotada para o batimo passou a ser utilizada muito tardiamente; vale ressaltar, que quando foi adotada a fórmula trina para o rito batismal, o que antes era a Igreja do Senhor, agora tornara-se: “Igreja Católica Apostólica Romana”, a primeira Denominação, oficializada assim por volta de 321 d.C . A título de informação: A doutrina da trindade foi abraçada pela Denominação Católica no ano de 325 d.C, cerca de 300 anos depois do nascimento da Igreja.
Considerações finais:
O que se pode depreender de tudo que foi apresentado no presente trabalho é que a Igreja Neotestamentária obedeceu de forma absoluta, completa e inequívoca ao mandamento do seu Senhor. O mesmo mandamento é transmitido hoje através da Restauração de palavra que o Deus todo poderoso está imprimindo sobre os seus eleitos nesses dias finais. Portanto, é de suma importância, que todo aquele que deseja agradar ao Senhor procure ser batizado usando a fórmula bíblica correta.
As Escrituras não registram ninguém que tenha sido batizado senão em nome do Senhor Jesus Cristo (fórmula) e por imersão nas águas (modo), logo, conclua-se que batizar nos títulos, usando as palavras, “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” é uma aberrante herança Católica a qual não foi desconstruída pela Reforma protestante do século XVI.
Quando se usa o mandamento de Jesus em Mateus 28:19 como uma fórmula para o batismo está se repetindo somente a ordem, porém não se está usando o Nome. Os apóstolos ouviram a palavra, receberam a revelação dela e obedeceram a Deus testificando que o batismo nas águas deve ser ministrado em nome do Senhor Jesus.

Wanderley nunes.
1Versão da Bíblia -Almeida Revista e corrigida.
2Aquele que se prepara para o batismo; Aquele que será iniciado em alguma atividade.
3 Bernard K.,David. Vale ressaltar que na tabela original, são atribuidos nomes ao que na verdade são titulos.  

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ATENÇÃO! CRISTÃOS SEQUESTRADOS HOJE!

  sequestroVivemos uma era de insegurança, onde todos buscam uma via de escape, uma  saída. Essa necessidade de segurança gera um outro tipo de cidadão: o refém do medo. Alguém que em busca de segurança se vê obrigado a viver uma vida reclusa, de um semi-prisioneiro, criador de suas próprias cadeias, a fim de poder manter-se vivo.
Em II Pedro 2:19 diz “... Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” Do mesmo modo o cristão de hoje é tomado como refém mediante propagandas enganosas; que o fazem, na ânsia de resolver seus problemas financeiros, de saúde, familiar, sentimental, etc..., entrar em toda sorte de campanhas e sacrifícios liderados por pregadores cujo único intuito é impor-lhes a teologia do “toma-lá-dá-cá” do “troca-troca”, conhecida popularmente como “teologia da prosperidade”, distorcendo as escrituras e promovendo o maior dos sequestros - “o sequestro da consciência”, daqueles que pouco, ou nada conhecem da Bíblia - Mateus 22:29, João 8:32.
A igreja de Jesus jamais foi uma empresa. O evangelho para os apóstolos, jamais foi um negócio. Pedro advertiu: “...Farão de vós negócios com palavras fingidas...”, II Pedro 2:3. E Paulo escrevendo a Timóteo disse que muitos , já na sua época, tinham o evangelho como fonte de enriquecimento: “... Homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho. Aparta-te dos tais”. I Tim. 6:5.
Estes sequestradores da consciência ensinam que o sacrifício de Jesus não foi suficiente e que deve-se continuar sacrificando; quando a Bíblia nos diz que no novo concerto, selado com seu próprio sangue, Jesus cumpriu tudo – Rom. 10:4; Hebreus 10:12-14. E que agora devemos viver pela fé naquilo que ele fez – Rom. 3:24-27; já que somos salvos e justificados pela graça mediante a fé – Efésios 2: 8-9.
Quando voltamos aos sacrifícios transgredimos, pois tornamos a edificar o que Deus destruiu, Gálatas 2: 16-18. Então profanamos e temos por comum o sangue do testamento com que fomos santificados, e ofendemos o Espírito da Graça – Hebreus 10:29.
Prezado amigo, o dízimo nas escrituras é um ato de fidelidade do cristão, não uma mera troca; a oferta um ato de amor de quem deseja contribuir para a expansão do evangelho e não uma negociata com Deus, onde o homem se torna refém e participante de um sistema corrupto e corruptor – fuja desse cativeiro! (Apocalipse 18: 4).
Wanderley nunes.
Entre em contato conosco nos seguintes endereços: Rua São Luiz n° 53 – Estrada do 40 horas – Ananindeua – PA, ou Conjunto água cristal n° 20 – Marambaia – Belém – PA.

sábado, 11 de abril de 2009

Teologia do Nome e Como entender Mateus 28:19

Teologia Do Nome.* A Mensagem restauradora para os últimos dias dá farta ênfase à doutrina do nome de Deus como expressado tanto no Antigo como no Novo Testamento. Para as pessoas dos tempos bíblicos, “o nome é uma parte da pessoa, uma extensão da personalidade do individuo. Especificamente, o nome de Deus representa a revelação da Sua presença, caráter, poder e autoridade. No Antigo Testamento, Yahweh (Jeová) era o título redentor de Deus e o vocábulo singular pelo qual Ele distinguiu-se dos deuses falsos.

Todavia, no Novo Testamento, os que ensinam a Unicidade afirmam que Deus acompanhou a revelação de Si próprio em carne com um novo nome. Este nome é Jesus, que inclui e toma o lugar de Yahweh, pois literalmente significa Yahweh — Salvador, ou Yahweh é Salvação. Apesar de outros levarem o nome Jesus, o Senhor Jesus Cristo é o único que realmente é o que o nome descreve”18. Enquanto os que defendem a trindade vêem o nome Jesus como o nome humano de Deus Filho, os crentes da mensagem restauradora vêem este nome como o nome redentor de Deus no Novo Testamento, que tem o poder e a autoridade que a igreja necessita.

Eles apontam para estas passagens das Escrituras: “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (João 14:14). “E não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:1 2). “Por meio de seu nome, todo o que nele crê recebe remissão de pecados” (Atos 10:43). “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira, e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra” (Filipenses 2:9-10). “E tudo o que fizerdes, seja em palavras, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17).

Eles observam que a Igreja Primitiva orava, pregava, ensinava, curava os enfermos, operava milagres, expulsava demônios e batizava no nome de Jesus19. O nome de Jesus não é uma fórmula mágica: ele só tem efeito através da fé em Jesus e de um relacionamento com Ele. todavia, o Cristão deve usar o nome de Jesus falando em oração e no batismo, como uma expressão externa de fé em Jesus e obediência à Palavra de Deus. Apesar de haver diferenças nas palavras exatas ditas em cada relato batismal, todos (inclusive Mateus 28:19) descrevem o mesmo nome: JESUS20.
Como Entender Mateus 28:19 **

1- Quando cristo disse o que está registrado em Mateus 28:19, havia discípulos presentes e obviamente, o que ele disse foi ouvido e entendido pôr eles. 2- Deveriam eles, a partir de então, batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que equivocadamente foi interpretado como três pessoas divinas que misteriosamente formam um único Deus. Em atos 2: 38 vê-se Pedro conclamando seus ouvintes que se arrependam para serem batizados em nome de Jesus cristo, e não em três nomes. 3- Imaginando-se, porém, que Pedro nesta ocasião houvesse esquecido a ordem de Mateus 28:19 e deixado de batizar em nome do Pai, Filho e Espírito Santo... Teria a bíblia outra evidência de como Pedro entendera a última ordem de Jesus? Atos 10: 48 afirma que ele ordenou que Cornélio o os seus, deveriam ser batizados em nome de Jesus.

4- Os que comugam a mesma fé unicista crêem que Pedro deve ter entendido a ordem de Jesus diferentemente do que a maioria dos Cristãos entende hoje. 5- Será que Pedro estava sozinho em seu entendimento? Não! Em atos 8:16 ele e João foram a Samaria e encontraram um grupo que havia sido batizado em nome de Jesus por Felipe. Faltava-lhes apenas receber os dons do Espírito santo, por isso Pedro e João impuseram as mãos e oraram por eles.

6- E o apóstolo Paulo, que segundo as sagradas letras, não recebeu o evangelho de nenhum homem, mas do próprio Cristo (Gálatas 1:12 ), batizava em nome do Pai, Filho e Espírito Santo? Também não! Quando visitou Éfeso, Paulo encontrou irmãos que conheciam apenas o batismo de João batista. Pois bem, Paulo depois de instruí-los, batizou-os somente no nome do Senhor Jesus, depois colocou as mãos sobre eles para que recebessem o Espírito santo e eles falaram em línguas e profetizaram e não se deve esquecer que até Paulo foi batizado em nome do Senhor Jesus Cristo.At.22.16
Será que Jesus cometeu algum equivoco ao ensinar o batismo em seu santo e bendito nome a Paulo? 7- O que está sendo afirmado aqui é que não existe na bíblia qualquer registro de um batismo em nome da trindade. Diante disso, como ressalta a mensagem restauradora, restam três opções apenas: a) Os discípulos se rebelaram contra Jesus e desobedeceram a sua ordem de batizar em nome do Pai, Filho e Espírito Santo; b) Os discípulos entenderam a ordem de um jeito diferente de Mateus 28:19; c) Jesus nunca ordenou que batizassem em nome do pai e do filho e do Espírito Santo.

Diante deste pequeno esboço, está sendo demonstrado que a ordem de Mateus 28:19 foi entendida pêlos discípulos de modo diferente do que hoje defendem os Cristãos, pois todos os discípulos batizavam apenas em nome do Senhor Jesus Cristo. Que Deus revele essas preciosas verdades á sua amada Igreja.

*BERNNARD, David R. A Teologia do nome.Com edição e notas de Wanderley Nunes. ** DE SOUZA, David Fernandes. Como entender Mateus 28:19. Com edição e notas de Wanderley Nunes.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Evangelho da Graça X Os rudimentos da Lei.

JESUS, MINISTRO DA LEI.

“Digo, pois, que Jesus Cristo foi Ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais". Rom. 15:8. “... mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos adoção de filhos”.Gálatas 4:4-5. Trataremos agora de um ponto que gera grande celeuma no meio cristão: O Ministério do Senhor Jesus Cristo antes de sua morte, ascensão e glorificação. Pois tantos há, Ministros da Palavra, como irmãos de uma forma geral, que querem basear seu ministério conforme o ministério terreno do Senhor Jesus; como diz a escritura em Hebreus: “... nos dias da sua carne...”. Hb.5.7.

As Escrituras de Paulo aos Romanos nos falam enfaticamente da necessidade de alguém que pregue a palavra. Todavia, alguém dirá que temos, no meio Cristão, muitos pregadores, alguns de renome mundial. São enviados ao campo missionário todos os dias, centenas, quiçá, milhares de obreiros, entretanto, não é disso que estamos falando. Estamos falando de alguém com a palavra revelada, a mensagem para a última hora. “Como pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram E como ouvirão se não há quem pregue?” Romanos 10:14.

Esta mensagem restauradora que Deus tem enviado, em um momento tão conturbado da história Cristã, em uma era Laodiceiana (Apocalipse 3:15-19), a encontramos bem tipificada em Filipe, e os Cristãos desta era tipificados no Etíope Eunuco. “E correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse; Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse”.Atos 8:30-31. O Eunuco era um eleito de Deus, por isso tinha sede da Palavra Revelada, e Filipe tinha a água fresca, potável e incontaminada, daquela hora. É nessa fonte perene e abundante que o convido a beber agora.

Como dissemos a princípio, temos que diferenciar o Jesus homem (nos dias da sua carne), do Deus todo poderoso encarnado no homem Jesus, Colossenses 1:19 e 2:9. Paulo deixou isto bem claro ao escrever aos Romanos: “Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; Que são Israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente, amém”. Romanos 9 : 3-5.

Como homem, “segundo a carne”, Jesus era Judeu, e como Judeu ele era naturalmente observador das leis, ritos e preceitos judaicos. Vejamos um quadro comparativo das observâncias da lei, as quais Cristo cumpriu, desde o seu nascimento, até sua morte expiatória na cruz.

                                         MANDAMENTO DA LEI:                      CUMPRIMENTO EM JESUS:

CIRCUNCISÃO:                       Levítico 12: 3                                                        Lucas 2:21

PARTICIPAÇÃO DA PÁSCOA:  Êxodo 12:24-27             Lucas 2:40-46, Lucas 22:7-8 e I Coríntios 5:7

JEJUM:                              Levítico 16:9 e 23:27 e 29;                               Isaías 58: 3 e 5. Mateus 4:2

VIGÍLIAS:                           Jó 8:5; Provérbios 8:17                                  Lucas 6:12 e Mateus 14:23

O CUMPRIMENTO DE TODA A LEI: Levitico 18:5      Romanos 10:5. Mateus 3:14-15 e Mateus 5:17

Acabamos de ver um quadro que evidencia o lado judaico de Cristo; que como homem era Judeu, porém, como Deus, ele não tem nacionalidade (Romanos 9:5), pois ele é o Todo-Poderoso, que enche os céus e a terra (Jeremias 23: 23-24).

JESUS, SACERDOTE DE UMA ORDEM SUPERIOR.

A lei não permitia que alguém que não fosse da tribo de Levi exercesse o Sacerdócio (Números 8:14 e Números 18:7). Sendo assim, para que Jesus fosse Sacerdote ele teria que ser de uma ordem superior, já que como homem ele era da tribo de Judá, e essa tribo jamais foi chamada a exercer o Sacerdócio: “Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence à outra tribo da qual ninguém serviu ao altar, visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio”. Hebreus 7:13-14.

O Senhor Jesus era Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, Salmos 110:4. Quando Abraão (na ocasião ainda Abrão) retornava da batalha contra os reis que haviam tomado Sodoma e Gomorra, e levado cativo Ló (Gênesis 14:10-12), Deus, então, propôs abençoar Abraão, todavia, não havia na face da terra ninguém espiritualmente superior a ele.

Foi quando se deu um fenômeno, chamado pelos estudiosos de Teofania, que nada mais é do que a manifestação física (materializada) do próprio Deus (Gênesis 14:18-20; Hebreus 7:6-8) que veio para abençoa-lo. Dizemos com ousadia, que era o Senhor manifesto na pessoa de Melquisedeque, pois só o Senhor é Rei de Justiça, rei de Paz, só o Senhor é que não tem pai, nem mãe, nem genealogia, nem princípio nem fim. Hebreus 7: 2-3 e Apocalipse 1: 8,17-18.

O que torna o Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque superior, é o simples fato de ser este constituído por Deus, a fim de exercer uma interseção no Santuário celeste. Todos os Sacerdotes anteriores eram impedidos pela morte de continuar sua ministração, de modo que sempre havia um novo sacerdote para oferecer ofertas e sacrifícios (Hebreus 7:25).

Estes tinham um santuário e uma ministração terrena (Hebreus 9:1), figuras (tipos) das coisas celestiais (Hebreus 8:5), e como o Santuário terrestre era uma figura do celeste, do mesmo modo o sangue de bodes e cordeiros, era figura do sangue do Cordeiro de Deus (Hebreus 9:22-24). Dando tudo isso, uma clara demonstração da fraqueza do Sacerdócio Levítico, com suas leis, ordenanças e estatutos, e a urgente necessidade de mudança do mesmo. “Porque, mudando-se o Sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da Lei”.
Hebreus 8:12. “Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus”.Hebreus 7:19. Vemos então, que Jesus tomou essa honra, pois como Sacerdote, cumpriu todas as exigências da Lei, não tinha pecado, era sem culpa, e podia oferecer sacrifícios e oblações sem mácula (Hebreus 7:26-27).

Na Antiga Aliança o homem era justificado mediante o sangue de um cordeiro, esse não podia ser de forma alguma, uma oferta perfeita a Deus, já que o cordeiro não é semelhante ao homem que, por conseguinte, é a imagem e semelhança de Deus, por isso Deus se fez homem, para levar o homem a Deus através do sacrifício de si mesmo.

“... mas, agora na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”. Hebreus 9:26 b. O Sacrifício de Jesus foi feito na terra; levando a cabo o Ministério da Circuncisão, demonstrado nas palavras: “Está consumado” (João 19:30). Todavia, ele teria que ir aos céus para apresentar-se a si próprio como Cordeiro (João 1:29). Sendo também ele o nosso Sumo-Sacerdote (Hebreus 4: 14-16), por isso, ele não permitiu a Maria Madalena toca-lo (João 20:16-17), pois havia a iminente necessidade de que Jesus se apresentasse no santuário Celeste (Hebreus 9:22-24) e recebesse a glorificação pela obra terminada, profetizada no Salmo 24:7-10.

Concluímos que o Senhor Jesus foi Ministro da circuncisão, entretanto, não foi sacerdote no Templo Israelita, já que ele não era da Tribo de Levi (Hebreus 7:14). O seu Sacerdócio era da ordem superior, estabelecido por Deus e eterno, ou seja, ele teria que cumprir todas as exigências da Lei, tais como circuncisão, oblação de si mesmo, jejuns, vigílias, Sábado, etc... E para selar a perpetuidade e perfeição desse sacrifício, ele teria que imolar-se a si mesmo e depois ressuscitar (João 2:19-21), para que como sumo-Sacerdote, continuasse a interceder por nós (Hebreus 7:25).

“Assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a Carne, contudo, agora, já o não conhecemos desse modo”. II Coríntios 5:16. PAULO, O PRIMEIRO MENSAGEIRO DA GRAÇA E APÓSTOLO PARA OS GENTIOS. “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo separado para o evangelho de Deus”. Romanos 1:1. “Porque convosco falo, Gentios, que, enquanto for Apóstolo dos Gentios, glorificarei o meu ministério”. Romanos 11:13.

O Senhor foi buscar no próprio Judaísmo o austero e zeloso Saulo, cujo nome significa: Pedido; denotando assim que os seus pais oraram a Deus em busca de um filho homem, o que era de muita importância na religião judaica, para assim perpetuar as suas tradições. Ao ser convertido à fé em Cristo, no caminho de Damasco (Atos 22:6, 15 e 21), adota o nome gentílico, mais precisamente Romano, de Paulo, que quer dizer: pequeno; numa clara demonstração de desprendimento, que é o verdadeiro espírito do Cristianismo.

A mensagem que Paulo trouxe, não era fruto de uma convivência física com os apóstolos, e muito menos com o Senhor, que aliás, ele nem conheceu pessoalmente. Foi sim, o resultado de um chamado de Deus e de seguidas revelações, que punham o seu ministério em um patamar muito superior aos dos outros apóstolos.

“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo”. Gálatas 1:11-12. Paulo foi chamado para levar as boas novas (evangelho) aos Gentios. A seu respeito estava profetizado. Isaías 49:6:
“... também te dei para luz dos Gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra”.

E ele próprio discerniu essa profecia, Atos 13: 46-47. Pedro, Tiago e João foram na verdade chamados para anunciar a salvação em Cristo aos Judeus, embora Pedro, a princípio, tenha sido um instrumento do qual Deus se utilizou, para que os Gentios começassem a ouvir a palavra, Atos 15:7, Até que o ministério Gentílico de Paulo se manifestasse: “Antes pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão (porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da cincuncisão, esse operou também em mim com eficácia para os Gentios". Gálatas 2:8). “E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a Graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fossemos aos Gentios e eles à circuncisão”. Gálatas 2:9.

“Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos Gentios, na fé e na verdade”. I Timóteo 2:7.

O Apóstolo Paulo entendeu, como nenhum outro apóstolo, a dimensão da palavra “Graça” – O favor imerecido de Deus aos homens. O vemos falando disso no episódio quando repreendeu Pedro, pois este tinha comunhão com os Gentios, todavia, quando aparecia alguém, vindo de Jerusalém da parte do apóstolo Tiago, ele se afastava e evitava até participar das refeições com eles, Gálatas 2:11-18. Para Paulo a Graça era total, era viver a vida da fé. Tito 3:5-7.

Sabemos pelo relato da própria escritura que Paulo: A) Trabalhou mais que os outros apóstolos: “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo”. I Coríntios 15:10. B) Com esse evangelho revelado, Paulo foi o que mais escreveu epístolas, já que tinha muito o que revelar. Foram 13 epístolas, C) Foi quem mais evangelizou: Evangelizou a Ásia em dois anos, Atos 19:10; e parte da Europa, Espanha e Itália (Roma), Romanos 15:28-29. Que fique bem claro em nossas mentes, que o evangelho revelado, como bem profetizou Jesus, em João 16:12, foi dado a Paulo. “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”.

A perfeita vontade de Deus, como vimos a pouco, que o próprio Jesus Cristo, como ministro da lei não pode em hipótese nenhuma falar dela, porém reservou esta missão a Paulo, pois o espírito que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes, atuou em Paulo de forma específica para o pôr como “luz dos Gentios”. “Mas quando vier aquele espírito da verdade, ele vos guiará em toda verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir”. João 16:13.

Em nenhum apóstolo estes textos proféticos se harmonizam tão bem, exceto Paulo, usado pelo espírito de Deus não falou de si mesmo, como profeta gentílico, só falou o que recebeu do Senhor e profetizou sobre a corrupção da Igreja no fim dos tempos.

Sim, este precioso mensageiro nos revelou a perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2. “Mas ainda que um anjo do céu, vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”. Gálatas 1:8. Sabendo de antemão isso, abracemos a mensagem que Deus deu a Paulo e que está restaurando nesta última fase da Igreja, a mensagem da Graça de Deus.

O JEJUM NO ANTIGO CONCERTO

“E isto vos será por estatuto perpétuo: No sétimo mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas, e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós”. Levítico 16:29 O jejum no antigo concerto é apresentado como dia de aflição de alma, e na sua primeira citação na Lei, Levítico 16:29, está ligado ao dia da expiação, no Hebraico “Kippurim”, derivado de “Kaphar”, que significa cobrir o pecado mediante um resgate.

O propósito desse dia era purificar os Israelitas dos pecados que porventura não tivessem sido expiados nos sacrifícios anteriores. Levítico 16:30. “Porque, naquele dia se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o Senhor”. Vemos nesse ato, que o jejum era um sacrifício de destaque no cerimonial da Lei. Quando Jonas anunciou a palavra em Nínive, o rei Ninivita deu ordem para que toda aquela cidade se humilhasse diante de Deus, e isso com Jejum, saco e cinza, Jonas 3:6-10, que era a maior demonstração de tristeza e arrependimento e reconhecimento pelos pecados cometidos, Jó 42:5-6, Ezequiel 27:30-31; Mateus 11:21.

Davi também se aproximou de Deus com Jejum para que seu filho, fruto do adultério com Bate-Seba, mulher de Urias, fosse poupado. Logo, vemos que no antigo concerto, quando alguém queria demonstrar o seu arrependimento e/ou receber algum favor de Deus, jejuava. As escrituras deixam patente a estreita ligação do jejum com a lei: a) Quando Moisés foi ao monte receber a lei, jejuou quarenta dias; isso indicava todo o sacrifício que a Lei exigiria, a fim de que cumprindo os seus preceitos, mandamentos e ordenanças o homem vivesse, Levítico 18:5. b) Esdras apregoou um Jejum logo após nomear os Netinins (Levitas servidores ou servidores do templo), para ajudarem no Ministério do Tabernáculo, e para pedirem socorro contra os inimigos. Esdras 20:24. c) Em Neemias 9:1-3, vemos também o jejum em consonância com a prática da leitura da Lei.

Havia outras ocasiões em que era prescrito o jejum, pois como era um sacrifício da Lei e dia de “aflição de alma”, Levítico 23:27 e 29, estava sempre ligado a dor e humilhação. Por isso era o jejum usado como demonstração de luto e pesar pela perda de alguém querido, como foi no episódio da morte de Saul, I Samuel 31:7-13; II Samuel 1:10-12. Também era usado para demonstrar tristeza e desapontamento como no caso de Jônatas, ao ver a tamanha perseguição que seu pai empreendia contra Davi, I Samuel 20:32-34. Neemias também jejuou ao saber do estado lastimável do seu povo e da cidade de Jerusalém, Neemias 1:1-4.

O NOVO CONCERTO E O JEJUM

“Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: por que jejuamos nós, e os fariseus, muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: podem, porventura, andar triste os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão”. Mateus 9:14-15.

Quando interrogado do por quê dos seus discípulos não jejuarem, Jesus responde com uma ilustração sobre o casamento em Israel nos seus dias. “Os filhos das bodas” eram os amigos mais queridos do noivo, que estavam se congratulando com ele no seu banquete festivo, até o momento em que ele era “tirado” dos filhos das bodas, para se preparar para o encontro com a noiva. Quando isso acontecia era declarado o fim da festa, cessavam o comer e o beber. Da mesma forma quando ele fosse “tirado” cessaria o gozo, a alegria, e haveria a necessidade do Jejum.

Todavia, fica a pergunta: Quando isso aconteceria? A palavra “tirado” no original tem o mesmo sentido de “cortado”, “arrancado” , como falando de uma árvore e é o mesmo termo usado por Isaías, quando chama Jesus de “raiz de uma terra seca” e diz enfaticamente que sua vida foi tirada e cortada da terra, Isaías 53: 2 e 8.

Daniel é ainda mais incisivo ao profetizar a sua morte dizendo que seria “tirado” ou seja, arrancado à força o Messias, Daniel 9:26. O próprio Senhor se intitula “videira verdadeira”, João 15:1, logo, esse termo “tirado” não fala da ida de Jesus aos céus, mas da sua morte.

A PALAVRA REVELADA

O Senhor depois de ressuscitado, antes de ascender aos céus, fez uma promessa aos discípulos: “... E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos, Amém”.Mateus 28:20.

O apóstolo João, que dentre os da Igreja Judaica era o que mais possuía discernimento, nos traz uma luz maior quanto à comunhão do Espírito do Senhor com os eleitos. “O espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós”. “Naquele dia, conhecereis que estou em meu pai, e vós, em mim, e eu, em vós”. João 14:17 e 20.

E assim como havia prometido, o Senhor cumpriu a sua palavra voltando em espírito para habitar na sua Igreja, Atos 2:1-4. No dia de Pentecostes o Espírito Santo, que é o próprio Espírito de Cristo, Atos 16:7, I Coríntios 12:6, foi derramado, instituindo a Igreja como o seu corpo na terra, I Coríntios 12:12-13 e 27. Assim sendo, fica claro que quando Jesus estava com seus discípulos eles não precisavam jejuar, muito menos agora, na Nova Aliança, quando o Senhor habita em nós.

Como filhos do Novo Concerto, são muitos os privilégios que temos: Somos templo do Espírito Santo. I Coríntios 3:16-17; I Coríntios 6:19; Reinamos em vida com Cristo Romanos 5:17; Romanos 8:10-11; Estamos assentados em lugares celestiais, significando isso, que somos autoridade e vencemos todo o mal Efésios 2:6; Não necessitamos de que um intercessor, Sacerdote, Bispo, Padre, Pastor, vá a Deus por nós, pois somos os verdadeiros Sacerdotes do Senhor, a nação eleita e santificada por Deus. Colossenses 1: 13 e 21-23.

Em suma, quando Jesus estava aqui, em carne, os seus discípulos não jejuavam, pois ele estava com eles. Na Nova Aliança, que por sinal, é muito superior a antiga, Hebreus 8-6, Jesus não está conosco, mas em nós. I João 4:4. De sorte que ele estando em nós, não temos falta de nada, II Pedro 1:3, pois ele é tudo em todos. Efésios 1:23. Glorificamos a Deus por esta exposição. Esperamos que ela tenha trazido esclarecimento a você, concernente ao Jejum e os rudimentos da Lei, como elementos obsoletos na Nova Aliança.

PALAVRA AO LEITOR.

Sabemos o quão difícil é, sairmos das tradições religiosas e abraçarmos a Mensagem da última hora, que vai claramente de encontro a todo sistema religioso vigente. Foi assim com o mensageiro que anunciou a primeira vinda do Senhor, João Batista, ele não veio de nenhum dos grupos religiosos da sua época, ao contrário era contra eles: Saduceus, Fariseus, Essênios, Zelotes... Eles também não o reconheceram e não o receberam, mas nem por isso ele deixou de ser o que Deus disse que ele seria (Lucas 1:76), um profeta com uma mensagem para pôr os escolhidos de Deus em sintonia com o projeto de Deus para a era.

As Escrituras dizem que Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente, e ele tem uma mensagem a qual tem confiado a sua Igreja hoje e fez com que uma pequena parcela dela chegasse as suas privilegiadas mãos. Peço-lhe que medite, pois Jesus ao terminar de explicar sobre o motivo dos seus discípulos (ainda no antigo concerto, antes da sua morte, ressurreição e glorificação) não jejuarem, falou do Novo Concerto que viria, e disse que “ninguém põe o vinho novo (o Novo Concerto) em odres velhos (mentes presas aos rudimentos da Antiga Aliança: Jejuns, vigílias, Dias de Guarda, abstinência de certos alimentos, etc...), pois o vinho novo não acharia lugar nos odres velhos (mentes presas à lei e seus rituais)”.

Todavia, para se receber plenamente o Novo Concerto, não como o sistema religioso dos nossos dias, que vive apenas uma “meia Graça”, mas sim a Graça total, seriam necessários “odres novos”; mentes que se desvencilharam, jogaram fora o odre do velho concerto, com seus sacrifícios e jugos, pois o Senhor deu um aviso profético, quando disse nas palavras do capítulo 5, verso 39 de Lucas, que todos os que de alguma maneira, provaram do Antigo Concerto (vinho velho) com seus rituais e sacrifícios, ainda impostos pelo atual sistema religioso; de modo algum desejariam trocar a sua justificação própria, pelo vinho novo da Graça de Deus.

Entretanto, o eleito de Deus, sua ovelha, ao ouvir a trombeta que anuncia tal mensagem, buscará o aprisco, o qual tem pastos verdejantes e água fresca para saciar verdadeiramente sua alma. Que Deus continue abençoando.

Este texto é um resumo das conferências proferidas por Wanderley Nunes, em Belém do Pará, nos dias 20 e 21 de março de 2004.