quarta-feira, 19 de abril de 2017
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Comentário de Gálatas 1. 13,14 – Extremamente Zeloso
13 Porque ouvistes qual
foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja
de Deus e a devastava.
14 E, na minha nação, quanto ao judaísmo,
avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições
de meus pais.
Paulo
lembra aos gálatas o que eles ouviram ao seu respeito. O que tenta transmitir
com isso, é a razão da sua completa mudança e total abandono da fé judaica; é
como se quisesse dizer: Daí eu já vim! Conheço muito bem o proceder dos meus
compatriotas e já deixei tudo isso para trás.
Como sobremaneira
perseguia eu a igreja de Deus e a devastava – Agora, detalha suas ações, era um perseguidor. A lei
mosaica falava sobre condenar o falso profeta, e era assim que Paulo
considerava Jesus e consequentemente todos os seus discípulos. Como um austero
judeu, não só perseguia com verbalizações, como também usava de meios violentos
no intuito de exterminar aquela “seita”, ainda que para isso fosse necessário
dar cabo dos seus seguidores.
O
que pode ser lido nas entrelinhas, quando cita sua antiga fé rigorosa e
combatente, é que, só mesmo uma experiência cognitiva, que lhe trouxesse novas
convicções, de fato, teria o poder de fazê-lo mudar de ideia, logo, se isso
aconteceu, deveria ser um sinalizador para a igreja da Galácia, seduzida a
percorrer as veredas as quais Paulo havia abandonado, justamente por ter
encontrado em Jesus “o caminho.”
A
grande mensagem do evangelho de Cristo, e que fique bem explícito, de “Cristo”,
não da igreja instituída – deixando claro que não somos contra a instituição em
si, todavia, aborrecemos e rechaçamos o “engaiolamento” e monopólio da
“verdade” produzido por ela – é o amor, a paz, a ética e a aceitação mútua,
pois todos, independente da fé, e mesmo os que comungam as mesmas crenças,
possuem diferenças entre si, por isso, a grande “verdade” é o Cristo unificador
do diferente.
Como
dito em ocasiões anteriores, não é o que se fala de Cristo que salva, mas sim
Cristo. De modo algum, tal formar de pensar torna inócua ou anomista a minha
fé, entretanto, faz com que embora tenha minhas convicções, o Jesus Senhor,
torna-se para mim, maior que “o Jesus da igreja”, pertencente e de uso
exclusivo de um grupo, cujas práticas os torna detentores da “verdade”, isso
não é aceitável do ponto de vista do Cristo glorioso e sem fronteiras.
A
asseveração: “Meu Cristo é melhor que o seu” e
“só minha forma de crer é salvífica”, em si mesma é proveniente de um
olhar unifocal, incapaz de visualizar um Jesus desprovido de pertencimento
religioso. Um Jesus assim, está estigmatizado pelos rituais, dogmas e
paramentos litúrgicos, segundo a visão empedernida e embotada dos forjadores do
uni pertencente Jesus, na realidade, idealização que atende somente a
interesses institucionais.
Paulo
em nenhum momento renega sua nação e as crenças do seu povo, na realidade, sabe
e fala da sua pátria com orgulho, todavia, aponta para um unificador de povos,
e compreende que para isso acontecer, tem que cair por terra tudo que causa
divisão e que de fato não diz respeito aos valores éticos e morais comuns a todos os homens.
Algo importante para ser salientado é nada indicar haver nenhuma ilusão por
parte de Paulo em converter a nação israelita.
A
fala dele aos gálatas trata sobretudo do gentil que abraçou a fé em Jesus e
está sendo cooptado por “irmãos” de Jerusalém, os quais tentam enredá-los a
tomar emprestado os antigos rituais segregacionistas judaicos, que não possuem
em si mesmo o poder de melhorar ninguém pessoalmente, servindo apenas como
sinalizador de diferenças e impossibilidades para o estrangeiro desejoso de
abraçar o evangelho. Isso era o que Paulo praticara como zeloso Hebreu e é
contra isso que se levanta agora.
14
E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade,
sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
É imprescindível salientar que a carreira de Paulo no judaísmo, foi
eivada de ação e militância, poucas vezes vistas em pessoas da sua idade,
inclusive com relação aos que divergiam da sua “sagrada fé”. Justamente por ser
“extremamente zeloso”, levou às últimas consequências sua fúria contra a “seita
dos Nazarenos”.
Entretanto,
quando chega a conclusão de que Jesus possuía todas as características messiânicas,
se coadunando assim com os seus íntimos e patrióticos anseios, não pensa duas
vezes em lançar fora “os excessos” da sua bagagem religiosa, para então
carregar o jugo suave e o fardo leve do Nazareno.
É
relevante a observação de que a carga religiosa foi deixada para trás, no
entanto, o fardo e o jugo de apontar para o mundo a bondade graciosa do
evangelho, que “mata” o religioso fanatizado e faz surgir um homem
eclesiástico, um ser comunitário, esse sim, o apóstolo dos gentios levou até o
fim dos seus dias.
Nesse
sentido, o seu zelo extremado de outrora foi transferido para um outro alvo.
Uma dedicação como essa, um zelo e um amor dessa envergadura, devem de fato
constranger de forma idílica e conscienciosa todo aquele que uma vez se iniciou
no “caminho”.
...Pois o amor de Cristo
nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E
ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas
para aquele que por eles morreu e ressuscitou [1]
Wanderley Nunes
[1] II Co.5.14,15 – Versão
Revista e Atualizada.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Momento de Reflexão com Wanderley Nunes: Oração
ORAÇÃO
Momento de Reflexão com Wanderley Nunes
DOMINGO, 19/02 9h - ENTRADA FRANCA
Informações:
WhatsApp (91) 98495 7355
Sítio Asmitra
Estrada do Icui Guajará II, 154
Entrada pela feira do 40 Horas
Icuí-Guajará, Ananindeua - PA
ROTEIRO DO EVENTO:
9h-11h - MOMENTO DE REFLEXÃO
A partir das 9 horas da manhã.
11h-12h - ALMOÇO
Refeições , sobremesas , lanches serão adquiridos na cantina.
12h-17h - LAZER
Temos a disposição para quem desejar, campo para futebol e piscina.
MENSAGEM RESTAURADORA
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Reflexões: Impossível compreender o arrebatador amor de Jesus...
Impossível compreender o arrebatador amor de Jesus,
que me desgarrou das matilhas por onde andei,
que me desgarrou das matilhas por onde andei,
sem perceber que andava com lobos.
Wanderley Nunes
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Provérbios 1.20-23. E vos farei saber as minhas palavras.
Comentário de Provérbios
Provérbios 1.20-23. E vos farei saber as minhas palavras.
20 Grita na rua a Sabedoria, nas praças,
levanta a voz;
21 do alto dos muros clama, à entrada das
portas e nas cidades profere as suas palavras:
22 Até quando, ó néscios, amareis a necedade?
E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o
conhecimento?
23 Atentai para a minha repreensão; eis que
derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as
minhas palavras.
20 Grita na rua a
Sabedoria, nas praças, levanta a voz,
A sabedoria nesse texto se mostra
personificada; qual seria a razão disso? Um bom motivo é que assim sendo, pode
ser usufruída por uma pessoa, um grupo, uma nação, sem no entanto, ninguém ter
direitos exclusivos sobre ela. Mesmo sendo de benefício para muitos, ninguém há
que possa arrogar-se como seu dono, ou detentor único.
21 do alto dos muros
clama, à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras:
22 Até quando, ó
néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E
vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?
“Do alto dos muros” -
a septuaginta diz “”- dando uma indicação de que deseja ser ouvida, quer chamar
atenção, por isso vai “à entrada das portas da cidade”, a sabedoria aqui parece
estar personificada nos profetas, nos rabinos, nos sacerdotes, nos mais velhos
e em todos que possuem experiência de vida e conhecimento da lei.
É bom perceber que a
sabedoria no âmbito israelita, não é algo que “surge do nada”, ou “coisa” que
se obtêm na vacuidade da vida, ela vem de pessoas que receberam do seu sopro.
Quando interroga os
néscios – a bíblia de Jerusalém usa o termo “ingênuos”, a NVI chama-os de “inexperientes”- seja como for:
Néscios, ingênuos ou inexperientes, o grande problema é que amam o estado em
que se encontram, possuem uma visão distorcida da realidade. Quem assim procede
acredita piamente que néscio são os outros.
O escarnecedor ou
zombador no pensamento judaico é o que não faz caso da vida reta, não se
importa com da lei, por isso não vê problema em burlá-la e desrespeitá-la. O
terceiro tipo é chamado de louco, a NVI traduz como “tolo”. Loucos, tolos,
insensatos, estultos… Há diversas palavras para nominar o tipo que não dá
ouvidos a sabedoria, não deseja se desenvolver como pessoa, ser alguém melhor,
no caso do pensamento israelita, tornar-se um “piedoso servo do Senhor.”
23 Atentai para a
minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu
espírito e vos farei saber as minhas palavras.
Esse versículo tem sido objeto de grande abuso
interpretativo e de uma mística e fanática aplicação.
É necessário todavia, analisar de modo criterioso todo o
contexto. Primeiro, reiterando o que já foi observado, se pode notar que a
sabedoria é personificada, ou seja, parece ter vida própria, entretanto, o que
de fato acontece, é que o saber, ou a sabedoria adquirida, é considerada assaz
importante em Israel. Ela não significa conhecimento “intelectual”, um grande
exemplo disso é Salomão.
Se gastou “muita tinta” para dizer que Salomão foi o homem
mais sábio que já existiu, por essa ótica se afirma ter ele sido o mais
intelectual, mais inteligente, porém não é esse o significado de “sábio” no
pensamento do Israel antigo. O rei de Israel não era um intelectual do quilate
de um Leonardo da Vinci, de um Isaac Newton, ou de um Albert Einstein.
Sábio na perspectiva veterotestamentária, era quem
compreendia a lei, era portador de bons conselhos, sabia dirigir sua família, e
no caso dos reis, sua nação. Sintetizando: Sábio era aquele que detinha o
conhecimento do “caminho do Senhor” e o ensinava com excelência, pois,
possuindo ética e moral, conforme rezava a lei, havia a promessa do desfrute da
benção.
Quando a “sabedoria” depreca para alguém lhe dar ouvidos,
a seguir explicita “a benção” que logrará
aquele que lhe prestar obediência e honra : Desfrutará dos seus ensinos
e consequentemente do fruto deles. Logo, como se pode ver, não há nada de místico no versículo 23 como tem sido “ensinado” para a igreja cristã através dos séculos.
Em vista de tudo o que já foi apresentado, o versículo 23
poderia receber sem dificuldade alguma a seguinte tradução: Se vocês me ouvirem
(no sentido de obediência), aprenderão de mim e me conhecerão (aprender a ser
sábio segundo a lei).
Corroborando isso, segue duas traduções do versículo 23.
Se acatarem a minha
repreensão, eu lhes darei um espírito de sabedoria e lhes revelarei os meus
pensamentos. (NVI)
Convertei-vos às minhas admoestações, espalharei sobre vós
o meu espírito, ensinar-vos-ei minhas palavras. (versão católica – pt )
Wanderley Nunes
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
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Wanderley Nunes - Mensagem Restauradora
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