O Momento de Reflexão, será realizado normalmente
às 9h.
Porém, não teremos oficinas às 19h30.
Rua São Luís, 53
40 Horas (prox. a Feira)
Abra o Mapa AQUI!
terça-feira, 27 de junho de 2017
sábado, 24 de junho de 2017
quarta-feira, 21 de junho de 2017
sábado, 17 de junho de 2017
quarta-feira, 14 de junho de 2017
sábado, 10 de junho de 2017
quarta-feira, 7 de junho de 2017
sábado, 3 de junho de 2017
quarta-feira, 31 de maio de 2017
sábado, 27 de maio de 2017
quarta-feira, 24 de maio de 2017
ATENÇÃO NOVA DATA - Dia 4 Junho 9h - Momento de Reflexão - Entrada Franca
Momento de Reflexão com Wanderley Nunes
ATENÇÃO NOVA DATA
Dia 4 Junho 9h - Entrada Franca
Clube CIFAMM - Av. Independência entre Mário Covas e Rod. Quarenta Horas Final da Rua Apeti (à 500 metros da Mário Covas)
Veja como chegar: CLIQUE AQUI
sábado, 20 de maio de 2017
quinta-feira, 18 de maio de 2017
quarta-feira, 17 de maio de 2017
domingo, 14 de maio de 2017
sábado, 13 de maio de 2017
segunda-feira, 8 de maio de 2017
sábado, 6 de maio de 2017
sexta-feira, 5 de maio de 2017
Reflexões: Quem te ama e quem te odeia...
Quem te ama e quem te odeia possuem algo em comum: Ambos te superlativam.
O primeiro exalta tuas virtudes, o que te fará vaidoso, o segundo teus defeitos, o que te deixará irado.
O primeiro exalta tuas virtudes, o que te fará vaidoso, o segundo teus defeitos, o que te deixará irado.
Dispa-se do orgulho próprio e das formulações alheias, e te encontrarás com quem de fato és.
Wanderley Nunes
quarta-feira, 3 de maio de 2017
segunda-feira, 1 de maio de 2017
Reflexões: Duas coisas produzem respeito e uma terceira honra...
Duas coisas produzem respeito e uma terceira honra:
Integridade nos relacionamentos, honestidade nos negócios,
Integridade nos relacionamentos, honestidade nos negócios,
e excelência no trabalho..
Wanderley Nunes
sábado, 29 de abril de 2017
quarta-feira, 26 de abril de 2017
sábado, 22 de abril de 2017
quarta-feira, 19 de abril de 2017
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Comentário de Gálatas 1. 13,14 – Extremamente Zeloso
13 Porque ouvistes qual
foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja
de Deus e a devastava.
14 E, na minha nação, quanto ao judaísmo,
avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições
de meus pais.
Paulo
lembra aos gálatas o que eles ouviram ao seu respeito. O que tenta transmitir
com isso, é a razão da sua completa mudança e total abandono da fé judaica; é
como se quisesse dizer: Daí eu já vim! Conheço muito bem o proceder dos meus
compatriotas e já deixei tudo isso para trás.
Como sobremaneira
perseguia eu a igreja de Deus e a devastava – Agora, detalha suas ações, era um perseguidor. A lei
mosaica falava sobre condenar o falso profeta, e era assim que Paulo
considerava Jesus e consequentemente todos os seus discípulos. Como um austero
judeu, não só perseguia com verbalizações, como também usava de meios violentos
no intuito de exterminar aquela “seita”, ainda que para isso fosse necessário
dar cabo dos seus seguidores.
O
que pode ser lido nas entrelinhas, quando cita sua antiga fé rigorosa e
combatente, é que, só mesmo uma experiência cognitiva, que lhe trouxesse novas
convicções, de fato, teria o poder de fazê-lo mudar de ideia, logo, se isso
aconteceu, deveria ser um sinalizador para a igreja da Galácia, seduzida a
percorrer as veredas as quais Paulo havia abandonado, justamente por ter
encontrado em Jesus “o caminho.”
A
grande mensagem do evangelho de Cristo, e que fique bem explícito, de “Cristo”,
não da igreja instituída – deixando claro que não somos contra a instituição em
si, todavia, aborrecemos e rechaçamos o “engaiolamento” e monopólio da
“verdade” produzido por ela – é o amor, a paz, a ética e a aceitação mútua,
pois todos, independente da fé, e mesmo os que comungam as mesmas crenças,
possuem diferenças entre si, por isso, a grande “verdade” é o Cristo unificador
do diferente.
Como
dito em ocasiões anteriores, não é o que se fala de Cristo que salva, mas sim
Cristo. De modo algum, tal formar de pensar torna inócua ou anomista a minha
fé, entretanto, faz com que embora tenha minhas convicções, o Jesus Senhor,
torna-se para mim, maior que “o Jesus da igreja”, pertencente e de uso
exclusivo de um grupo, cujas práticas os torna detentores da “verdade”, isso
não é aceitável do ponto de vista do Cristo glorioso e sem fronteiras.
A
asseveração: “Meu Cristo é melhor que o seu” e
“só minha forma de crer é salvífica”, em si mesma é proveniente de um
olhar unifocal, incapaz de visualizar um Jesus desprovido de pertencimento
religioso. Um Jesus assim, está estigmatizado pelos rituais, dogmas e
paramentos litúrgicos, segundo a visão empedernida e embotada dos forjadores do
uni pertencente Jesus, na realidade, idealização que atende somente a
interesses institucionais.
Paulo
em nenhum momento renega sua nação e as crenças do seu povo, na realidade, sabe
e fala da sua pátria com orgulho, todavia, aponta para um unificador de povos,
e compreende que para isso acontecer, tem que cair por terra tudo que causa
divisão e que de fato não diz respeito aos valores éticos e morais comuns a todos os homens.
Algo importante para ser salientado é nada indicar haver nenhuma ilusão por
parte de Paulo em converter a nação israelita.
A
fala dele aos gálatas trata sobretudo do gentil que abraçou a fé em Jesus e
está sendo cooptado por “irmãos” de Jerusalém, os quais tentam enredá-los a
tomar emprestado os antigos rituais segregacionistas judaicos, que não possuem
em si mesmo o poder de melhorar ninguém pessoalmente, servindo apenas como
sinalizador de diferenças e impossibilidades para o estrangeiro desejoso de
abraçar o evangelho. Isso era o que Paulo praticara como zeloso Hebreu e é
contra isso que se levanta agora.
14
E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade,
sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
É imprescindível salientar que a carreira de Paulo no judaísmo, foi
eivada de ação e militância, poucas vezes vistas em pessoas da sua idade,
inclusive com relação aos que divergiam da sua “sagrada fé”. Justamente por ser
“extremamente zeloso”, levou às últimas consequências sua fúria contra a “seita
dos Nazarenos”.
Entretanto,
quando chega a conclusão de que Jesus possuía todas as características messiânicas,
se coadunando assim com os seus íntimos e patrióticos anseios, não pensa duas
vezes em lançar fora “os excessos” da sua bagagem religiosa, para então
carregar o jugo suave e o fardo leve do Nazareno.
É
relevante a observação de que a carga religiosa foi deixada para trás, no
entanto, o fardo e o jugo de apontar para o mundo a bondade graciosa do
evangelho, que “mata” o religioso fanatizado e faz surgir um homem
eclesiástico, um ser comunitário, esse sim, o apóstolo dos gentios levou até o
fim dos seus dias.
Nesse
sentido, o seu zelo extremado de outrora foi transferido para um outro alvo.
Uma dedicação como essa, um zelo e um amor dessa envergadura, devem de fato
constranger de forma idílica e conscienciosa todo aquele que uma vez se iniciou
no “caminho”.
...Pois o amor de Cristo
nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E
ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas
para aquele que por eles morreu e ressuscitou [1]
Wanderley Nunes
[1] II Co.5.14,15 – Versão
Revista e Atualizada.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Momento de Reflexão com Wanderley Nunes: Oração
ORAÇÃO
Momento de Reflexão com Wanderley Nunes
DOMINGO, 19/02 9h - ENTRADA FRANCA
Informações:
WhatsApp (91) 98495 7355
Sítio Asmitra
Estrada do Icui Guajará II, 154
Entrada pela feira do 40 Horas
Icuí-Guajará, Ananindeua - PA
ROTEIRO DO EVENTO:
9h-11h - MOMENTO DE REFLEXÃO
A partir das 9 horas da manhã.
11h-12h - ALMOÇO
Refeições , sobremesas , lanches serão adquiridos na cantina.
12h-17h - LAZER
Temos a disposição para quem desejar, campo para futebol e piscina.
MENSAGEM RESTAURADORA
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Reflexões: Impossível compreender o arrebatador amor de Jesus...
Impossível compreender o arrebatador amor de Jesus,
que me desgarrou das matilhas por onde andei,
que me desgarrou das matilhas por onde andei,
sem perceber que andava com lobos.
Wanderley Nunes
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Provérbios 1.20-23. E vos farei saber as minhas palavras.
Comentário de Provérbios
Provérbios 1.20-23. E vos farei saber as minhas palavras.
20 Grita na rua a Sabedoria, nas praças,
levanta a voz;
21 do alto dos muros clama, à entrada das
portas e nas cidades profere as suas palavras:
22 Até quando, ó néscios, amareis a necedade?
E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o
conhecimento?
23 Atentai para a minha repreensão; eis que
derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as
minhas palavras.
20 Grita na rua a
Sabedoria, nas praças, levanta a voz,
A sabedoria nesse texto se mostra
personificada; qual seria a razão disso? Um bom motivo é que assim sendo, pode
ser usufruída por uma pessoa, um grupo, uma nação, sem no entanto, ninguém ter
direitos exclusivos sobre ela. Mesmo sendo de benefício para muitos, ninguém há
que possa arrogar-se como seu dono, ou detentor único.
21 do alto dos muros
clama, à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras:
22 Até quando, ó
néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E
vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?
“Do alto dos muros” -
a septuaginta diz “”- dando uma indicação de que deseja ser ouvida, quer chamar
atenção, por isso vai “à entrada das portas da cidade”, a sabedoria aqui parece
estar personificada nos profetas, nos rabinos, nos sacerdotes, nos mais velhos
e em todos que possuem experiência de vida e conhecimento da lei.
É bom perceber que a
sabedoria no âmbito israelita, não é algo que “surge do nada”, ou “coisa” que
se obtêm na vacuidade da vida, ela vem de pessoas que receberam do seu sopro.
Quando interroga os
néscios – a bíblia de Jerusalém usa o termo “ingênuos”, a NVI chama-os de “inexperientes”- seja como for:
Néscios, ingênuos ou inexperientes, o grande problema é que amam o estado em
que se encontram, possuem uma visão distorcida da realidade. Quem assim procede
acredita piamente que néscio são os outros.
O escarnecedor ou
zombador no pensamento judaico é o que não faz caso da vida reta, não se
importa com da lei, por isso não vê problema em burlá-la e desrespeitá-la. O
terceiro tipo é chamado de louco, a NVI traduz como “tolo”. Loucos, tolos,
insensatos, estultos… Há diversas palavras para nominar o tipo que não dá
ouvidos a sabedoria, não deseja se desenvolver como pessoa, ser alguém melhor,
no caso do pensamento israelita, tornar-se um “piedoso servo do Senhor.”
23 Atentai para a
minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu
espírito e vos farei saber as minhas palavras.
Esse versículo tem sido objeto de grande abuso
interpretativo e de uma mística e fanática aplicação.
É necessário todavia, analisar de modo criterioso todo o
contexto. Primeiro, reiterando o que já foi observado, se pode notar que a
sabedoria é personificada, ou seja, parece ter vida própria, entretanto, o que
de fato acontece, é que o saber, ou a sabedoria adquirida, é considerada assaz
importante em Israel. Ela não significa conhecimento “intelectual”, um grande
exemplo disso é Salomão.
Se gastou “muita tinta” para dizer que Salomão foi o homem
mais sábio que já existiu, por essa ótica se afirma ter ele sido o mais
intelectual, mais inteligente, porém não é esse o significado de “sábio” no
pensamento do Israel antigo. O rei de Israel não era um intelectual do quilate
de um Leonardo da Vinci, de um Isaac Newton, ou de um Albert Einstein.
Sábio na perspectiva veterotestamentária, era quem
compreendia a lei, era portador de bons conselhos, sabia dirigir sua família, e
no caso dos reis, sua nação. Sintetizando: Sábio era aquele que detinha o
conhecimento do “caminho do Senhor” e o ensinava com excelência, pois,
possuindo ética e moral, conforme rezava a lei, havia a promessa do desfrute da
benção.
Quando a “sabedoria” depreca para alguém lhe dar ouvidos,
a seguir explicita “a benção” que logrará
aquele que lhe prestar obediência e honra : Desfrutará dos seus ensinos
e consequentemente do fruto deles. Logo, como se pode ver, não há nada de místico no versículo 23 como tem sido “ensinado” para a igreja cristã através dos séculos.
Em vista de tudo o que já foi apresentado, o versículo 23
poderia receber sem dificuldade alguma a seguinte tradução: Se vocês me ouvirem
(no sentido de obediência), aprenderão de mim e me conhecerão (aprender a ser
sábio segundo a lei).
Corroborando isso, segue duas traduções do versículo 23.
Se acatarem a minha
repreensão, eu lhes darei um espírito de sabedoria e lhes revelarei os meus
pensamentos. (NVI)
Convertei-vos às minhas admoestações, espalharei sobre vós
o meu espírito, ensinar-vos-ei minhas palavras. (versão católica – pt )
Wanderley Nunes
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
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Wanderley Nunes - Mensagem Restauradora
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Comentário de Gálatas 1.11,12 – Revelação de Jesus Cristo
Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o
evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem
o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo.
“Faço-vos, porém, saber, irmãos”. Paulo com essas
palavras deseja enfatizar a origem e originalidade do evangelho que prega. O
vocábulo “irmãos”, empregado aqui, tanto é um termo carinhoso – preparando os
corações galacianos para as severas exortações que viriam – como indica também o
reconhecimento de que Paulo os considera de fato, da família da fé.
Ainda se pode
acrescentar um outro motivo para os gálatas serem chamados de irmãos: Apesar de
terem tão rapidamente se distanciado da fé que lhes fora apresentada pelo apóstolo
dos gentios, isso, no entanto, não era razão suficiente para que lhes fosse
dispensado qualquer outro tratamento que não o de irmãos.
Nota-se não ser Paulo, nem de longe, um
institucionalista apaixonado, muito menos um fanático religioso, do tipo que
preceitos, bandeiras, e flâmulas estão acima daquilo que deveria ser
hipoteticamente o alvo e o objeto de amor de qualquer comunidade de fé: O ser
humano.
“Que o evangelho por mim anunciado não é
segundo o homem”.
Paulo principia sua autodefesa axiomaticamente dizendo que a boa nova anunciada
por ele não era κατα ανθρωπον (kata antrôpon) “segundo o homem” – a tradução da versão bíblica revista e atualizada, referência aqui, é fidedigna ao verter para o português a expressão grega – Não era nem um tipo de engendramento filosófico
religioso, havia algo mais no seu ensino, indicando serem suas elucubrações não
meras adaptações do pensamento judaico.
“Porque eu não o recebi…”.
O apóstolo deixa entrever aqui, que não fora alvo das transmissões
escriturísticas orais como era costume em Israel, claramente indicado pela
expressão “não recebi”.
Um bom exemplo disso se encontra na carta aos
Hebreus, tida por muito tempo como uma epístola saída da pena de Paulo,
entretanto, tem sido demonstrado através de pesquisas mais recentes não ser
esse de fato um texto Paulino. Uma das maiores provas se encontra na chamada
“evidência interna”. No capítulo 2, o escritor diz o oposto do que Paulo
afirmou aos gálatas.
Por esta razão, importa que nos apeguemos,
com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos
desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda
transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se
negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente
pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram [1]
Enquanto o escritor aos Hebreus se coloca no
grupo dos que ouviram de terceiros o evangelho, Paulo diz que “não recebeu” de
ninguém. E quando afirma não ter aprendido de homem algum, está categoricamente
falando não ter consultado mestres humanos para ter chegado onde chegou.
Isso não significa de modo algum, não ter ele
feito suas pesquisas e ponderações, como também não ter aceitado ainda que
posteriormente, algumas tradições apostólicas - daqueles que eram discípulos
antes dele - as quais se coadunavam com aquilo que cria.
Um bom exemplo disso é I Co. 15.3:
Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi:
que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.
Nesse texto há uma patente indicação de uma
tradição apostólica, pois conforme Paulo afirma, seus antecessores transmitiam
os ensinos, usando conjuntamente as escrituras – o antigo testamento e os
profetas – a fim de corroborarem suas assertivas. Quando ele diz “entreguei o
que recebi” está fazendo uso dessa
tradição, a qual se conformava perfeitamente com o evangelho que pregava.
“Nem aprendi de homem algum”. Quando faz tal
asseveração, busca rebater as acusações daqueles que diziam que o evangelho que
anunciava não possuía legitimidade, por ele não ser discípulo como os outros,
não fazer parte do colegiado apostólico, não ter andado com Jesus, muito menos
ter sido instruído pessoalmente por ele.
O que estava em jogo era todo o trabalho de
Paulo e sua credibilidade junto aos gálatas, por isso, “os falsos irmãos”
tentavam desqualificá-lo perante a igreja da Galácia. Deduze-se facilmente a
síntese de suas vis argumentações: Se Paulo não possuía autoridade e nem
autonomia apostólica para instruir aquela igreja, se o que ensinava não
vinha de nem um dos apóstolos, muito menos do próprio Jesus, sua fonte então
seria secundária, clandestina e inverossímil.
Desse modo, o evangelho da graça que pregava
e, por conseguinte, as igrejas que haviam recebido suas instruções eram todas
apóstatas e palmilhavam o caminho do erro. Por isso, era de suma importância
uma tomada de posição firme.
O interessante nessa afirmação de Paulo, é
que um leitor incauto ou mais desatento poderá achar a princípio que Paulo está
concordando com seus acusadores, é como se dissesse: “É verdade, não aprendi
com os apóstolos”. Quando na verdade, o que realmente queria dizer é que o que
transmitira era oriundo de uma fonte superior.
No entanto, o teor da sua argumentação vai
muito além de que simplesmente não ter sido instruído por homem algum - isso
inclui Pedro, Tiago e João - muito menos sua prédica ser fruto da sua mente
pródiga ou delirante, dependendo da interpretação e da boa ou má vontade dos
avaliadores.
“Mas mediante revelação de Jesus Cristo”.
Aqui está a motivação para o evangelho que o apóstolo das gentes anunciava. É
explícito - exceto para os mais simplistas -
que o arcabouço do ensino Paulino não era fruto exclusivamente da
estrada de Damasco.
Seja qual for a interpretação que possa ser
dada – literal ou metafórica – o fato é que não é em Damasco, mas a partir de
Damasco que se desenvolvem as formulações de fé Paulinas, tendo como marco
inicial sua passagem por lá, independente de qual tenha sido a experiência
Cristológica que tenha ocorrido nele.
É pertinente salientar a expressão
“revelação” Αποκαλυψεως (apokalupsis). Essa palavra traz em si a ideia de
descortinar, descobrir, tirar o véu. O que se pode concluir observando a
trajetória de Paulo, é que cedo no caminho de Damasco, se deslindou para ele
Jesus como o messias prometido, posteriormente, tendo como ponto de partida a
“revelação” de Jesus Cristo, pôde então fundamentado no cabedal de conhecimento
judaico grego, erigir a maior obra literária conhecida a respeito da fé em
Jesus de Nazaré.
Wanderley
Nunes
[1] Hb.2.1-3
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Reflexões: Rituais e cerimônias...
Rituais e cerimônias não plenificam ninguém.
O homem se realiza no ato, sobretudo no ato ético,
O homem se realiza no ato, sobretudo no ato ético,
esse sim, o faz mais próximo da imagem de Deus.
Wanderley Nunes
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Provérbios 1.10-19. Conselhos para a vida.
Comentário de Provérbios
Provérbios
1.10-19.
Conselhos para a vida.
10 Filho meu, se os
pecadores querem seduzir-te, não o consintas.
11 Se disserem: Vem
conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem
motivo, os inocentes;
12 traguemo-los vivos, como o abismo, e
inteiros, como os que descem à cova;
13 acharemos toda sorte de bens preciosos;
encheremos de despojos a nossa casa;
14 lança a tua sorte entre nós; teremos todos
uma só bolsa.
15 Filho meu, não te ponhas a caminho com
eles; guarda das suas veredas os pés;
16 porque os seus pés correm para o mal e se
apressam a derramar sangue.
17 Pois debalde se estende a rede à vista de
qualquer ave.
18 Estes se emboscam contra o seu próprio
sangue e a sua própria vida espreitam.
19 Tal é a sorte de todo ganancioso; e este
espírito de ganância tira a vida de quem o possui.
Temos agora um tratamento paternal, “filho
meu”, o conselho aqui é para não se deixar seduzir por aqueles que não
respeitam a torah, a família, e muito menos o próximo. “O não o
consintas,” dá a entender que há de fato uma argumentação inebriante e
tentadora por parte dos “pecadores”.
O convite para “derramar sangue inocente”
fala muito do desejo aventureiro, do que comumente chamamos nos nossos dias de
“adrenalina”. A intenção de se experimentar os instintos mais primitivos e
animalescos, ficam patenteados na expressão “traguemo-los vivos, como o abismo,
e inteiros, como os que descem à cova”.
O texto parece falar da morte sem reparação
alguma, final de vida. Tudo indica que o escritor não possuía nenhuma
influência do pensamento helenista, pois aquele que convida o incauto rapaz
para os caminhos da violência, deixa entrever que acredita no homem como alma
vivente - sem uma entidade (alma) imortal – apenas como tendo fôlego de vida,
foi-se o fôlego, vai-se ao pó irremediavelmente. Quando diz “traguemo-los
vivos, como o abismo…” O pensamento é de que seu opositor não viverá em
hipótese alguma, nem mesmo em outra dimensão.
É importante ressaltar, que o homem como possuindo
uma alma imortal, bem como o abismo (sheol), se tornando mais um lugar de
tormento de que apenas e simplesmente um túmulo, é uma construção mais recente
do pensamento judaico, influência clara das crenças gentílicas, sobretudo,
gregas.
…acharemos toda sorte
de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa;
lança a tua sorte entre nós; teremos todos
uma só bolsa.
O ganho fácil, por vezes ilícito, quase
sempre entorpece o homem. O escritor de provérbios objetivamente reproduz um
tipo de discurso que encanta quem gosta da adrenalina, adora viver
perigosamente, e é um ávido seguidor da lei do menor esforço. A epístola a
Timóteo aborda isso de forma aguda e explícita.
Ora, os que querem ficar ricos caem em
tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as
quais afogam os homens na ruína e perdição.
Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os
males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram
com muitas dores
(I Tm 6.10).
É interessante observar que no texto de
provérbios (versículo 13), há uma demonstração evidente da crença no sucesso do
malfeito, pois diz: Encheremos de despojos a nossa casa… Para em seguida,
demonstrar como estarão envolvidos mutuamente se o companheiro aceitar a nefanda
proposta. “…lança a tua sorte entre nós; teremos todos
uma só bolsa.” Assentindo a tal convite, o incauto, além de se tornar cúmplice,
torna-se sócio no empreendimento do mal.
…Filho meu, não te
ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés
correm para o mal e se apressam a derramar sangue.
O conselho paterno continua soando, já que a
ideia aqui é de um pai que é senhor da sua casa, tendo uma grande
responsabilidade sobre ela, o patriarca fará sempre assim, não só porque ama os
seus, mas porque teme a Deus, e na sagrada torah dos judeus, o Senhor de
Israel está acima de tudo, inclusive dos familiares, porém, ordena ao pai de
família que a ame. Logo, o conselho exposto nos versículos 15 e 16, são na
verdade, apelos de um pai, que ama seu filho e é obediente a Deus.
…Pois debalde se
estende a rede à vista de qualquer ave.
Estes
se emboscam contra o seu próprio sangue e a sua própria vida espreitam. Tal é a
sorte de todo ganancioso; e este espírito de ganância tira a vida de quem o
possui.
Há uma preciosa mensagem nos três últimos
versículos. A Síntese de tudo, é que todo malefício projetado contra o outro,
na verdade, é um mal perpetrado contra nós mesmos, não passamos incólumes por
sentimentos ruins “…Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.”
Antes de ser direcionado ao outro, o mal é nosso - e isso sem evocar
qualquer pensamento místico ou supersticioso – e para nós retornará altamente
potencializado e danoso.
Demonstra-se isso pelos inúmeros problemas de
saúde causados pelo stress, tensões do dia a dia, e acima de tudo, sentimentos
tais como ódio, rancor, mágoa…O versículo 18 vai mais longe quando diz de forma
indubitável, que todo ganancioso, egoísta, que vive a engendrar projetos no afã
de auferir lucros - insensível ao prejuízo de outrem - o que produz de fato,
são males contra si próprio, pois mesmo prejudicando grave e efetivamente a
terceiros, ele jamais sairá ileso. É a lei da vida.
Foge, outrossim, das paixões da mocidade.
Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o
Senhor (II Tm.2.22).
Wanderley
Nunes.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
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Mensagem Restauradora - Wanderley Nunes
Espalhando a boa semente do Evangelho que possui vida em si mesma...
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terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Provérbios 1.5-9. Só os loucos desprezam a sabedoria.
Comentário de Provérbios
Provérbios 1.5-9. Só
os loucos desprezam a sabedoria.
5 Ouça o sábio e
cresça em prudência; e o instruído adquira habilidade
6 para entender
provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios.
7 O temor do SENHOR é
o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.
8 Filho meu, ouve o
ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.
9 Porque serão
diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço.
No versículo 5, é
interessante notar que se aconselha ao sábio que ouça, dê ouvidos, obedeça. O
escritor parece acreditar que só o sábio terá aptidão para crescer em
prudência.
Vale salientar,
que sábio no âmbito em que foi redigido
o texto, é antes de tudo, um piedoso judeu, pois a verdadeira sabedoria – é a
temática de todo o livro – é
prerrogativa de quem teme a Deus.
O sábio que se deixa
instruir adquire a condição (habilidade) de compreender o ensino sapiencial,
pois somente o sábio reconhece, ama e busca a sabedoria.
O temor do SENHOR é o
princípio do saber.
Eis aqui a chave e o
segredo do sucesso. Conhecer a torah e os profetas, sobretudo pô-los em
prática, mais do que sabedoria, era um dever de todo cidadão israelita.
Quando se observava
um judeu próspero, com muitos bens, saúde, e uma família estável, se reconhecia
facilmente um patriarca sábio e fiel à lei.
[…]mas os loucos
desprezam a sabedoria e o ensino.
Os loucos aqui, são
todos que não têm ciência da lei e dos profetas. A loucura referida pelo
escritor, faz uma analogia entre aquele que não conhece os ditos proféticos da
lei – por isso erram – e aqueles que não possuem o perfeito gozo das faculdades
mentais – por isso não discernem entre o real e o irreal, entre o certo e o
errado - logo, por não conseguirem
captar, apreender, e discernir o real valor dos ensinos da lei, é que desprezam
aquilo que lhes daria erudição para a vida.
É interessante notar
que a instrução sai da esfera da torah e dos profetas, ou seja, da
autoridade “divina”, para a familiar.
O que se recebe da
lei, deve ser posto em prática, a começar pela família, essa é a grande lição
aqui. Diadema de graça e colar, tipificam a beleza e riqueza de uma vida ética,
adornada pela moralidade prática, resultado de uma vida pautada pelos ditames
da lei.
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Comentário de Provérbios (Introdução) - Provérbios 1.1-4. Para aprender sabedoria e prudência.
Comentário de Provérbios.
Provérbios 1.1-4. Para aprender sabedoria e prudência.
1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel.
2 Para aprender a sabedoria e o ensino; para
entender as palavras de inteligência;
3 para obter o ensino do bom proceder, a
justiça, o juízo e a equidade;
4 para dar aos simples prudência e aos
jovens, conhecimento e bom siso.
O termo “provérbios”
(masal no hebraico) traz em si um significado de “comparação”, porém foi
ganhando ao longo do tempo uma acepção mais elástica, podendo ser visto como
uma alegoria, máxima, ou até um sermão, chegando finalmente à ideia de uma
expressão ou dito sábio.
Estamos lidando aqui
com a cultura judaica, pré ou pós exílica, no entanto, com fortes traços da
teologia retributiva, encontrada sobretudo em Deuteronômio 28 (aliança
Mosaica).
“Ensino” (mûsar) tem a ver com instrução,
treinamento, prática. Logo, o que parece ser dito no início do versículo 2 é: Para se
ter moralidade – sabedoria posta em prática – é imprescindível treinamento.
O pensamento ora exposto,
é da necessidade de uma mentoria, que ensine e conduza o discípulo a prática, esse papel é
desempenhado pelos provérbios sapienciais.
Ainda
no mesmo verso surge: para entender as palavras de inteligência. “Entender”,
está no sentido de compreender, discernir. Só com discernimento se poderá
efetivamente absorver os ensinos proverbiais.
A
suma do que lemos nos versículos um e dois é: Os provérbios foram escritos para
prover o homem – judeu – de uma moralidade que o levasse a ser um cidadão
conforme prescrevia a torah.
Segundo
o escritor, só alguém bem instruído, com a compreensão exata dos valores de sua
nação e fé, poderia internalizar e expressar a inteligência e sabedoria a ele
ofertadas.
Para obter o ensino
do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade.
Fazendo o exercício
da sensatez - bom proceder – é que a ética e a moralidade triunfarão. Três
palavras são usadas para falar do resultado do processo:
Justiça: O termo não é usado
simplesmente como antônimo de injustiça, mas sim como virtude do cidadão de bem
– ele não é ímpio (gentio), nem age como tal - ele é justo porque pratica a
justiça e não unicamente por fazer parte de Israel, usando o juízo (julgamento)
com equilíbrio e imparcialidade (equidade).
Para dar aos simples
prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso.
É importante observar
o uso da palavra “simples”, no texto, é alguém desprovido das benesses da
aliança, um gentio, ou um israelita apóstata.
O significado nunca é
o de alguém ingênuo ou tolo, mas sim de alguém “desligado” que não leva a sério
a vida e muito menos a fé.
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